e eventos significativos, como vitórias esportivas, conquistas políticas, homenagens a pessoas e marcos históricos. Cada medalha carrega uma história única, com um design e simbolismo que refletem a época em que foi criada. Preservar essas peças não é apenas manter o metal livre de danos, mas também garantir que as histórias que elas representam não se percam com o tempo. Além disso, as medalhas têm grande importância para os colecionadores e para as instituições culturais, como museus e arquivos históricos.
Sem uma preservação adequada, as medalhas podem sofrer danos irreversíveis, como corrosão, perda de detalhes gráficos ou danos ao acabamento, tornando-se peças sem valor histórico e artístico. A preservação, portanto, não apenas mantém a integridade física das medalhas, mas também protege a riqueza histórica e cultural de uma época.
O primeiro passo para garantir a preservação de medalhas é garantir os cuidados adequados com as peças físicas. Isso inclui a proteção contra fatores que possam causar desgaste ou dano, como umidade, variações extremas de temperatura e manuseio inadequado.
A melhor maneira de armazenar medalhas é em condições controladas de temperatura e umidade. O ambiente ideal para a preservação das medalhas deve ser seco e arejado, com temperaturas estáveis e moderadas, entre 18°C e 22°C, e umidade relativa do ar entre 40% e 60%. A exposição a temperaturas extremas e umidade elevada pode levar à corrosão e ao enferrujamento das medalhas, especialmente as feitas de metais como cobre, prata e bronze.
As medalhas devem ser armazenadas em recipientes que as protejam do contato direto com o ar e com a luz, que pode causar descoloração. Caixas de armazenamento feitas de materiais livres de ácidos, como plásticos especiais (por exemplo, PVC livre de ftalatos) ou papel alcalino, são ideais para o armazenamento a longo prazo.
O manuseio inadequado é uma das principais causas de danos em medalhas. Quando for necessário manusear uma medalha, deve-se sempre usar luvas de algodão ou nitrilo para evitar que os óleos e sujeiras das mãos entrem em contato com a superfície da peça. Além disso, ao manusear uma medalha, deve-se evitar tocá-la diretamente, especialmente nas áreas que contém detalhes finos ou inscrições, pois o atrito pode desgastar o design ou deixar marcas.
A luz, especialmente a luz solar direta, pode danificar as medalhas, provocando descoloração e, em alguns casos, até a degradação do metal. A luz UV, por exemplo, pode afetar gravemente a pintura ou o acabamento das medalhas, especialmente aquelas com elementos gráficos delicados. Portanto, as medalhas devem ser armazenadas em locais onde a luz não as alcance diretamente e, quando expostas, devem estar protegidas por vidro ou acrílico UV-filter.
Em alguns casos, as medalhas podem sofrer danos ao longo do tempo e necessitar de restauração. A restauração é um processo delicado, que deve ser realizado por profissionais especializados em conservação de peças históricas. Restauradores usam técnicas para reparar medalhas danificadas, sem alterar suas características originais.
A limpeza de medalhas deve ser feita com extrema cautela. Em muitos casos, a limpeza inadequada pode causar danos irreversíveis, como a remoção de detalhes ou a alteração do acabamento. Caso seja necessário limpar uma medalha, deve-se usar um pano macio e limpo, levemente umedecido com água destilada ou com uma solução de limpeza específica para metais. Produtos abrasivos e substâncias químicas fortes, como ácidos ou solventes, devem ser evitados.
Em casos mais graves, onde há danos significativos no metal, um restaurador profissional pode usar técnicas como a reconstrução de superfícies ou o preenchimento de falhas com materiais adequados. A restauração deve ser feita de forma a respeitar a integridade estética da medalha, sem comprometer suas características originais ou sua autenticidade.
A digitalização de medalhas e a documentação de suas características, incluindo imagens detalhadas e informações históricas, são essenciais para a preservação da memória medalhística. Arquivos digitais podem ser uma forma segura de preservar informações sobre a medalha, garantindo que seu legado seja acessível para futuras gerações, mesmo se a peça física sofrer danos.
A fotografia digital de alta resolução permite capturar os detalhes de cada medalha, incluindo suas inscrições, imagens e acabamento. Esses registros digitais podem ser usados para criar um banco de dados de medalhas, que serve tanto para fins de pesquisa quanto para a preservação histórica. Esse banco de dados pode ser acessado por museus, colecionadores e estudiosos da medalhística, garantindo que a memória da medalha seja preservada, mesmo que a peça física seja danificada ou perdida.
Além da digitalização, a criação de certificados de autenticidade e a catalogação detalhada de medalhas é fundamental. O certificado de autenticidade garante que a medalha é uma peça genuína e única, com um histórico verificável. A catalogação, que inclui informações sobre o designer, o ano de criação, o contexto histórico e outros aspectos relevantes, é uma forma importante de preservar o legado de uma medalha.
Museus, universidades e outras instituições culturais desempenham um papel crucial na preservação da memória medalhística. Essas instituições devem manter práticas adequadas de conservação e promover a educação sobre a importância das medalhas como patrimônio cultural. A digitalização das coleções, a organização de exposições e a pesquisa contínua sobre medalhas contribuem significativamente para o legado histórico dessas peças.
A preservação das medalhas é essencial para garantir que seu valor histórico, artístico e cultural seja transmitido às futuras gerações. A combinação de cuidados físicos adequados, restauração profissional, digitalização e documentação é fundamental para manter o legado das medalhas vivas. Além disso, o apoio de instituições e a conscientização da sociedade sobre a importância de preservar essas peças são cruciais para garantir que as medalhas continuem a contar suas histórias por muitos anos.
A preservação da memória medalhística não é apenas uma responsabilidade dos colecionadores, mas de todos que reconhecem o valor dessas peças como testemunhos tangíveis de nossa história e cultura.
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