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A Numismática na Sala de Aula: Um Ensinamento Lúdico e Transformador







Apresentação

Nesta entrevista exclusiva realizada pelo canal oficial da Sociedade Numismática Brasileira (SNB), o professor Furlan de Oliveira Dourado compartilha sua experiência em levar a numismática para a sala de aula, utilizando moedas e cédulas como instrumentos pedagógicos na disciplina de Educação Financeira. Atuante na rede estadual de Goiás, na cidade de Inhumas, ele mostra como o colecionismo pode contribuir para o aprendizado de história, economia e cultura.


A Experiência Educacional

Professor Furlan é bacharel em Sistemas de Informação, licenciado em Artes Visuais e História, e atualmente leciona no Colégio Estadual de Período Integral Horácio Antônio de Paula. Na disciplina eletiva de Educação Financeira, ele incorporou a numismática de forma prática e lúdica, despertando o interesse de estudantes de 11 a 14 anos.

As aulas incluem atividades de identificação de moedas e cédulas, análise de iconografia, materiais, pesos e diâmetros. Os alunos utilizam balanças de precisão e paquímetros para medir as peças e aprender conceitos técnicos. A cada atividade, recebem moedas como presente, armazenadas em coin holders devidamente etiquetados — um exercício que reforça o valor histórico e documental desses objetos.


Ensinando História e Economia Através das Moedas

O professor destaca que as moedas não apenas possuem valor monetário, mas também contam histórias de governos, culturas e períodos econômicos. Assim, os alunos aprendem sobre inflação, desvalorização, mudanças de regimes e símbolos nacionais por meio das moedas.

Outro ponto importante da prática pedagógica é a mobilização familiar. Os estudantes levam para casa as informações aprendidas e compartilham com pais e avós, promovendo um resgate de memórias e histórias locais.


O Valor Cultural e Educativo do Colecionismo

A metodologia de Furlan valoriza o conhecimento acima do valor de mercado das moedas. Ao apresentar moedas de diferentes épocas, ele permite que os alunos entendam sua relevância histórica e estética. Os estudantes aprendem a catalogar, medir e preservar suas peças, diferenciando-se do colecionismo casual ou meramente acumulativo.

Além disso, a escola promove a difusão dessa prática com exposições e ações integradas. Parceiros e comerciantes locais contribuem doando moedas e cédulas, fortalecendo a cultura numismática regional.


Contribuições Acadêmicas

O professor Furlan também integrou a numismática ao seu trabalho de conclusão de curso (TCC), abordando moedas coloniais, do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves e do Império, apresentando-as como documentos históricos que ajudam a compreender períodos econômicos e sociais.

Ele defende que a numismática deveria ser mais difundida nas escolas brasileiras, integrando disciplinas como História, Geografia, Artes e Matemática.


Conclusão

A entrevista evidencia o potencial da numismática como ferramenta educacional e de inclusão cultural. Por meio de um ensino lúdico, o professor Furlan transforma o ato de colecionar em um exercício de cidadania, cultura e memória, incentivando o respeito ao patrimônio histórico e promovendo o aprendizado interdisciplinar.



Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

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