A Casa da Moeda da Bahia, fundada no contexto do Brasil colonial, foi a responsável pela cunhagem de moedas em ouro durante o final do século XVII. Essa casa de moeda teve papel crucial na circulação monetária regional, garantindo a produção das peças de alto valor e prestígio para as transações financeiras da época.
As moedas em ouro dessa família foram produzidas entre 1695 e 1698 e tiveram circulação restrita, sendo destinadas principalmente a operações de maior valor, tanto dentro da colônia quanto no comércio com Portugal e outras partes do império.
A produção era artesanal, feita por meio de cunhagem manual com martelos e cunhos gravados por especialistas. As moedas em ouro apresentavam acabamento refinado, com destaque para a riqueza de detalhes nas coroas e brasões, indicativos da autoridade régia.
As moedas de ouro da Bahia são cobiçadas por colecionadores devido à sua raridade e à variação sutil em detalhes, como o tipo de coroa e os símbolos heráldicos, o que pode indicar diferentes gravadores ou lotes de produção.
Produzidas no reinado de Dom Pedro II de Portugal, essas moedas refletem a consolidação do poder português na colônia e a necessidade de moedas de alta denominação para operações comerciais e pagamento de impostos.
Apresentam legendas em latim, usualmente abreviadas, reforçando a soberania portuguesa. Os bordos variam entre lisos e serrilhados, estes últimos para dificultar fraudes e raspagens.
O reverso traz o escudo real português, com pequenas variações em detalhes como o relevo e acabamento, dependendo do lote. Algumas peças apresentam marcas de carimbo específicas, indicando séries distintas.
Embora os nomes dos gravadores não sejam totalmente documentados, sabe-se que havia profissionais dedicados para garantir a qualidade artística e técnica. Siglas raramente aparecem, mas marcas discretas podem indicar oficinas internas. O abridor de cunho atuava na manutenção dos moldes de cunhagem.
Não há registros específicos de homenagens diretas nessas moedas, que privilegiam os símbolos régios e oficiais da monarquia portuguesa.
Feitas em ouro de alta pureza, essas moedas tinham valor intrínseco elevado e eram consideradas peças de prestígio, refletindo o poder econômico da colônia e a importância da mineração de ouro na Bahia.
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