A Casa da Moeda do Rio de Janeiro, estabelecida durante o auge do ciclo do ouro no Brasil colonial, foi uma das principais casas de moeda responsáveis pela produção de moedas em ouro para circulação interna e exportação. A instalação da casa no Rio de Janeiro visava facilitar o controle da riqueza minerada na região e a emissão monetária local.
As moedas de ouro foram produzidas entre 1695 e 1707. Durante este período, elas tiveram ampla circulação, tanto nas transações cotidianas da colônia quanto nas remessas de ouro para Portugal, contribuindo para o sistema financeiro colonial português.
As moedas foram cunhadas artesanalmente, utilizando cunhos gravados com detalhes precisos, produzidos por mestres gravadores. A técnica envolvia o uso de martelos para prensar o ouro em moldes que reproduziam as imagens reais e legendas oficiais. Detalhes finos e acabamentos diferenciados indicam o aprimoramento técnico da casa.
Diz-se que algumas moedas do Rio de Janeiro apresentam pequenas variações intencionais nos bordos, usadas como marcas de controle de qualidade ou para diferenciar séries especiais destinadas a homenagens ou remessas específicas. Há também relatos de moedas falsificadas que circularam na época, o que levou à adoção de bordos serrilhados para dificultar fraudes.
Durante o período de produção, o Brasil colonial estava sob o domínio do Reino de Portugal, com a Casa da Moeda do Rio de Janeiro atuando como órgão oficial para assegurar o fornecimento de moeda oficial para as necessidades econômicas e fiscais da colônia.
As legendas em latim reforçam a autoridade régia, geralmente indicando o monarca reinante e a origem da moeda. Os bordos das moedas variam entre lisos e serrilhados, sendo os serrilhados uma inovação para evitar adulterações.
O reverso das moedas apresenta o escudo real português, com diferentes elementos heráldicos dependendo do lote e do ano de produção. Existem variações na profundidade e no estilo do relevo, que são estudadas por numismatas para identificar séries e raridades.
Os gravadores eram artistas habilidosos que inseriam detalhes refinados nas moedas, apesar de poucos nomes terem sido documentados. Algumas moedas exibem siglas ou marcas discretas indicando a oficina ou o responsável pela cunhagem. O abridor de cunho garantia a manutenção dos moldes e sua correta impressão.
As moedas eram predominantemente oficiais, com o foco em símbolos da monarquia e do Reino de Portugal, não havendo homenagens específicas a indivíduos.
As moedas foram produzidas em ouro puro ou quase puro, refletindo a riqueza extraída das minas brasileiras e a necessidade de moedas confiáveis para o comércio interno e externo.
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