ACESSE SUA CONTA   |   facebook

Cadastre-se   //   Vantagens   //   Esqueci minha senha

Casa da Moeda do Porto – Cobre Sem Carimbo – Data entre Cruzetas







Casa da Moeda e Fabricação

Emitidas pela Casa da Moeda do Porto, estas moedas de cobre integraram o meio circulante durante o século XVIII. Diferenciaram-se das demais pela disposição característica da data entre cruzetas (✠) no anverso, conferindo-lhes um padrão estético próprio e facilitando sua identificação oficial.


Período de Produção e Circulação

Foram cunhadas entre 1715 e 1746, permanecendo em circulação no império português e, de maneira significativa, em territórios ultramarinos como o Brasil. Mesmo após o encerramento da produção, muitas peças seguiram em uso nas décadas posteriores, principalmente em mercados regionais.


Técnicas Utilizadas

Produzidas em cobre, essas moedas foram cunhadas por processos manuais, alternando entre martelo e prensa de balancim. O padrão com cruzetas marcava a data no anverso e, diferentemente das peças carimbadas, não receberam sobreposições de validação posterior, o que preserva melhor seus detalhes originais.


Curiosidades e Lendas

No imaginário popular da época, moedas com cruzetas simétricas eram consideradas de boa fortuna, especialmente quando encontradas com marcas incompletas ou desalinhadas, sinais que acreditava-se trazer sorte financeira. Já no Brasil colonial, as moedas dessa série eram chamadas informalmente de "Cruzetadas".


Fases Políticas

A produção acompanhou os reinados de D. João V e parte de D. José I, período em que Portugal vivenciou o auge da exploração aurífera nas Américas e a reorganização fiscal e monetária, buscando controlar o volume de cobre circulante nas colônias.


Legendas e Bordos

As moedas ostentavam legendas com o nome do soberano e a data centralizada entre cruzetas (✠). Os bordos, por serem lisos e resultantes da cunhagem manual, apresentavam irregularidades e desgastes acentuados com o uso.


Reverso e Variações

O reverso seguia o padrão heráldico lusitano, contendo geralmente o escudo português encimado por coroa. Algumas variantes se identificam pela diferença na distância entre as cruzetas, diâmetro das letras e pequenos defeitos nos cunhos.


Gravadores, Siglas e Abridor de Cunho

Como de costume na época, os gravadores e abridores de cunho raramente assinavam suas obras. A fabricação seguia padrões da Casa da Moeda do Porto, sob regulamentação régia e fiscalização do Provedor da Moeda.


Homenageados

Por se tratar de moeda fiduciária, as peças não homenageavam personalidades. Sua função era exclusivamente econômica e institucional.


Produção e Metal Utilizado

Cunhadas em cobre, foram utilizadas em transações cotidianas de pequeno valor, tanto no reino quanto nas colônias, sustentando o comércio popular.


Período de Circulação

Fabricadas entre 1715 e 1746, estas moedas continuaram em circulação até o final do século XVIII e início do XIX, especialmente em regiões rurais e colônias menos fiscalizadas.


Referências

  • Catálogo Geral das Moedas Portuguesas – CCMBR

  • Arquivos Históricos da Casa da Moeda do Porto

  • Estudos Numismáticos Coloniais


Consulta e Comércio
Marketplace CCMBR
Consulte dados técnicos, imagens, valores atualizados e oportunidades de compra e venda.
Acesse aqui



Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

Voltar
Compartilhar
Facebook Twitter YouTube Feed de notícias
Coleções de Cédulas e Moedas Brasileiras © 2014. Todos os direitos reservados.