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Casa da Moeda de Lisboa (1) - Cobre SEM Carimbo (1752–1760)







Introdução

A série "Casa da Moeda de Lisboa (1) - Cobre SEM Carimbo" abrange moedas de cobre cunhadas entre 1752 e 1760 pela Casa da Moeda de Lisboa, durante o reinado de D. José I (1750–1777). Essas moedas, caracterizadas pela ausência de carimbos (contramarcas), foram produzidas para atender às transações do dia a dia em Portugal e nas colônias, especialmente no Brasil colonial. A designação "(1)" sugere um tipo específico de design ou denominação dentro das emissões de cobre da Casa da Moeda de Lisboa nesse período. A série reflete a importância do cobre como moeda de baixa denominação e a eficiência da cunhagem portuguesa durante o auge do Império Português.

Período de Produção e Circulação

As moedas foram cunhadas entre 1752 e 1760, durante o reinado de D. José I, em um período de prosperidade econômica impulsionada pelo ciclo do ouro e da prata no Brasil. Elas circularam amplamente em Portugal, no Brasil colonial e, em menor escala, em outras colônias portuguesas, como Angola e Moçambique. Conhecidas como "vinténs" devido aos valores nominais (e.g., 20 réis), essas moedas de cobre eram usadas em transações cotidianas, como compras no mercado e pequenos pagamentos. Sua circulação continuou além de 1760 devido à durabilidade do cobre e à necessidade de moedas de baixo valor.

Casa da Moeda Responsável

A Casa da Moeda de Lisboa, a principal instituição monetária de Portugal, foi responsável pela produção desta série. Fundada no século XIII, a casa era reconhecida por sua excelência na cunhagem, utilizando técnicas avançadas para produzir moedas de cobre, prata e ouro. Durante o reinado de D. José I, a Casa da Moeda de Lisboa operava sob supervisão rigorosa, garantindo que suas moedas atendessem aos padrões do império. A ausência de carimbos indica que essas moedas foram cunhadas diretamente com designs originais, sem a necessidade de revalidação de moedas existentes.

Técnicas Utilizadas

As moedas foram produzidas com técnicas avançadas para a época:

  • Cunhagem a martelo: No início do período, a cunhagem a martelo era usada, com discos de cobre batidos manualmente para gravar os desenhos.
  • Prensas mecânicas: A partir de meados do século XVIII, a Casa da Moeda de Lisboa adotou prensas mecânicas, garantindo maior precisão e uniformidade nas moedas.
  • Gravação de cunhos: Os cunhos eram gravados por artesãos qualificados, com detalhes do busto de D. José I ou valores nominais, refletindo a qualidade artística da cunhagem portuguesa.
  • Controle de qualidade: As moedas de cobre eram feitas de ligas resistentes, com pesos consistentes para garantir aceitação no comércio local.

Curiosidades

  • Moedas do cotidiano: As moedas de cobre, conhecidas como "vinténs," eram essenciais para o comércio diário, sendo populares entre a população em Portugal e no Brasil.
  • Influência colonial: Embora cunhadas em Lisboa, essas moedas eram amplamente usadas no Brasil, onde a escassez de moedas de baixo valor era comum.
  • Raridade: Algumas denominações desta série são raras devido à quantidade limitada cunhada e ao desgaste natural do cobre em circulação.

Lendas

As moedas apresentavam inscrições em latim, seguindo a tradição numismática portuguesa. No anverso, a legenda "JOSEPHUS I DEI GRATIA" (José I, Pela Graça de Deus) frequentemente acompanhava o busto do rei. No reverso, a inscrição "REX PORTUGALIAE ET ALGARBIORUM" (Rei de Portugal e dos Algarves) era comum, junto ao brasão de armas português ou valores nominais, como "XX" (20 réis) ou "X" (10 réis), gravados diretamente.

Fases Políticas

A cunhagem desta série ocorreu durante um período de estabilidade e reformas no Império Português:

  • Reformas do Marquês de Pombal: As políticas do Marquês de Pombal modernizaram a administração e o comércio, fortalecendo a cunhagem para atender às demandas do império.
  • Ciclo do ouro e da prata: A riqueza mineral do Brasil financiou a economia portuguesa, permitindo a produção de moedas de cobre para circulação local e colonial.
  • Terremoto de Lisboa (1755): O desastre aumentou a dependência de Portugal das colônias, com a Casa da Moeda de Lisboa desempenhando um papel central na cunhagem de moedas para a recuperação econômica.

Tipos de Bordo

As moedas de cobre geralmente apresentavam bordos lisos ou levemente serrilhados, devido ao seu baixo valor e menor necessidade de proteção contra falsificações. Bordos cordonados, comuns em moedas de prata e ouro, eram raros nesta série.

Reverso: Medalha ou Moeda

Estas moedas são classificadas como moedas, destinadas à circulação como meio de pagamento. O reverso exibia o brasão de armas português, com a coroa real e os sete castelos, ou valores nominais gravados diretamente, como "XX" para 20 réis, simbolizando a autoridade monárquica.

Variações

As variações desta série incluem:

  • Denominações: Incluíam valores como 5, 10, 20 e 40 réis, com os "vinténs" (20 réis) sendo os mais comuns.
  • Detalhes do design: Variações sutis no busto de D. José I ou no brasão de armas ocorriam devido a diferentes cunhos ou desgaste dos moldes.
  • Anos de cunhagem: Pequenas diferenças no design ou na qualidade da cunhagem apareciam entre os anos de 1752 e 1760.

Gravadores

Os gravadores específicos desta série não são amplamente documentados. A Casa da Moeda de Lisboa empregava mestres gravadores altamente qualificados, que produziam cunhos com detalhes artísticos refinados, seguindo padrões reais. Os gravadores eram geralmente anônimos, trabalhando sob a supervisão da casa.

Siglas e Abridor de Cunho

As moedas frequentemente apresentavam a sigla "L" (de Lisboa) para indicar a Casa da Moeda responsável. O abridor de cunho, responsável pela criação dos moldes, não é identificado nos registros, sendo provavelmente um artesão da Casa da Moeda de Lisboa.

Homenageados

As moedas homenageavam D. José I, com seu busto e a inscrição "JOSEPHUS I" no anverso, simbolizando a autoridade monárquica e a prosperidade do império.

Produção

A produção foi significativa, dado que as moedas de cobre eram necessárias para atender às transações do dia a dia. No entanto, números exatos de tiragem não são amplamente documentados. A Casa da Moeda de Lisboa operava em alta capacidade para suprir a demanda em Portugal e nas colônias. Colecionadores podem consultar o catálogo da CCMBR para detalhes de tiragem e raridade.

Metal Utilizado

As moedas eram de cobre puro ou ligas de cobre com pequenas adições de outros metais para maior durabilidade, com pesos variando conforme a denominação: por exemplo, 10 réis pesavam cerca de 7 gramas, enquanto 40 réis pesavam cerca de 28 gramas. A qualidade do cobre garantia a resistência das moedas em circulação.

Referências

Gomes, A. J. (2003). Moedas Portuguesas e do Território que Hoje é Portugal. Lisboa: Associação Numismática de Portugal.

Krause, C. L., & Mishler, C. (2008). Standard Catalog of World Coins. Iola: Krause Publications.

Prober, K. (1984). História Numismática do Brasil Colonial. São Paulo: Edição do Autor.

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Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

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