Uso em salários, impostos e comércio
As patacas e os patacões desempenharam papel essencial no funcionamento da economia colonial. Eram utilizados para o pagamento de salários, transações comerciais de maior porte e quitação de impostos régios, como o quinto sobre o ouro extraído das minas. Por sua alta aceitação e valor intrínseco, essas moedas eram especialmente valorizadas em negócios de longa distância e em operações envolvendo a elite mercantil.
Como o valor das patacas variava nas regiões e ao longo do tempo
O valor de circulação das patacas não era fixo e podia variar consideravelmente de acordo com a região e o período histórico. Em tempos de escassez de numerário ou de inflação monetária, o preço de uma pataca no mercado podia superar seu valor oficial, criando um ambiente propício a especulações e favorecendo aqueles que detinham grandes quantidades de moedas metálicas. Tal volatilidade exigia constante negociação e adaptação por parte de comerciantes e autoridades.
Casos de escassez e derretimento clandestino
A escassez de moedas metálicas foi um problema recorrente no Brasil colonial. Diante disso, era comum o derretimento clandestino de patacas e patacões para fabricação de utensílios domésticos ou barras de metal negociadas no mercado paralelo. Esse fenômeno contribuía para a diminuição do numerário disponível, pressionando ainda mais a economia e forçando a Coroa a autorizar emissões emergenciais ou aceitar moedas estrangeiras em circulação.
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