Crimes e contrabando envolvendo patacas
Durante o período colonial, a circulação das patacas e patacões era alvo constante de contrabandistas e falsificadores. Era comum o derretimento clandestino de moedas de prata e ouro para a fabricação de lingotes ou joias, especialmente em regiões mineradoras como Minas Gerais e Goiás. Relatos históricos apontam para esquemas organizados que desviavam moedas enviadas da metrópole ou cunhadas localmente, afetando o equilíbrio monetário da colônia.
As moedas coloniais que viraram amuletos
Curiosamente, muitas patacas e patacões foram utilizados como amuletos de proteção ou símbolos de status. Algumas peças de grande valor eram furadas e penduradas ao pescoço por viajantes, que acreditavam que o metal precioso afastava males e trazia boa sorte. Em certas regiões, a prática se manteve mesmo após a extinção oficial dessas moedas, passando de geração em geração como relíquias de família.
Expressões populares que surgiram com as patacas
O vocabulário popular brasileiro preservou diversas expressões originadas da época das patacas. Termos como “patacão” para designar algo de grande valor ou tamanho, e “dar uma patacada” no sentido de fazer um gasto exagerado, atravessaram séculos e ainda podem ser ouvidos em regiões tradicionais do país. Essas expressões são testemunhos vivos da presença marcante dessas moedas no cotidiano colonial e imperial.
Patacas e lendas urbanas
Além de seu valor econômico, as patacas inspiraram lendas e causos contados ao pé do fogo. Algumas histórias narram sobre caçadores de tesouros em busca de patacões enterrados por bandeirantes ou escondidos por senhores de engenho em fuga. Muitos desses relatos misturam realidade e fantasia, mas ajudam a compor o imaginário popular em torno dessas moedas que marcaram a história brasileira.
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