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Origem das Moedas Vicentinas







Primeiros registros e criação

Os primeiros registros sobre a existência e circulação de moedas no território que viria a ser o Brasil datam do período inicial da colonização portuguesa, no século XVI. Na ausência de um sistema monetário estruturado na colônia, predominava a utilização de moedas estrangeiras — especialmente portuguesas, espanholas e holandesas — nas transações comerciais e no pagamento de tributos.

Foi nesse cenário que surgiram as Moedas Vicentinas, nomeadas em alusão à Capitania de São Vicente, a primeira capitania efetivamente povoada e organizada do Brasil colonial. Documentos históricos indicam que, devido à dificuldade de obtenção de numerário europeu, autoridades locais e comerciantes passaram a utilizar moedas adaptadas ou cunhadas artesanalmente para suprir a carência de meios circulantes na região.

Embora não existam registros oficiais de autorização régia para a cunhagem dessas moedas, há evidências de que sua emissão atendia a uma necessidade prática e imediata do comércio regional e da administração fiscal. Essas moedas circulavam principalmente entre vilas, engenhos e áreas comerciais próximas ao litoral e ao interior da capitania.

Influências europeias e locais

A concepção e produção das Moedas Vicentinas foram fortemente influenciadas pelos modelos monetários europeus, especialmente os portugueses e espanhóis, cujas moedas de ouro, prata e cobre já eram conhecidas e aceitas na colônia. Elementos como brasões, cruzes, coroas e inscrições em latim foram amplamente empregados nas peças locais, com adaptações conforme os recursos disponíveis e as condições técnicas da época.

Além dessas influências diretas, as Moedas Vicentinas apresentaram características originais, resultantes da necessidade de adequação às condições materiais e sociais do Brasil colonial. A escassez de metais nobres, as limitações técnicas das oficinas de cunhagem improvisadas e a influência de símbolos locais contribuíram para a criação de moedas com formas, pesos e inscrições bastante diversificados.

É importante ressaltar que a maior parte dessas moedas foi confeccionada de forma rudimentar, com cunhos simples e acabamento irregular, o que as torna valiosas não apenas pelo aspecto histórico, mas também pelas peculiaridades que refletem a realidade colonial brasileira. Sua circulação desempenhou papel relevante na formação de uma cultura monetária própria, estabelecendo os primeiros vínculos entre a economia colonial e as práticas monetárias locais.



Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

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