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Características das Moedas Vicentinas







Material e composição metálica

As Moedas Vicentinas foram confeccionadas majoritariamente em cobre e liga de metais menos nobres, devido à escassez de ouro e prata na Capitania de São Vicente durante o período colonial inicial. Em alguns casos isolados, há registros de moedas elaboradas a partir de metais reaproveitados, como fragmentos de utensílios ou objetos europeus.

A escolha desses materiais visava atender à necessidade imediata de circulação monetária, com baixo custo de produção e fácil obtenção de matéria-prima. Ainda assim, o cobre conferia relativa durabilidade às peças e permitia a aplicação de cunhos simples para gravação de símbolos e inscrições.

Tamanhos, pesos e formatos

Devido à produção artesanal e não padronizada, as Moedas Vicentinas apresentavam significativa variação de tamanho, peso e formato. As dimensões variavam entre 10 mm e 30 mm de diâmetro, enquanto os pesos oscilavam conforme a disponibilidade de material no momento da cunhagem.

Os formatos mais comuns eram circulares e ovais, embora existam exemplares irregulares, resultado do processo rudimentar de fundição e corte manual. A falta de uniformidade nessas características é um dos aspectos que conferem singularidade e interesse numismático às moedas desse período.

Símbolos e inscrições

As moedas produzidas na Capitania de São Vicente exibiam uma combinação de símbolos europeus tradicionais e elementos locais adaptados. Os motivos mais recorrentes incluíam:

  • Cruz de Cristo ou Cruz de Malta, herança da simbologia portuguesa

  • Brasões simplificados ou fragmentados

  • Coroadas rudimentares

  • Siglas ou letras isoladas, indicando valores ou lotes de emissão

  • Inscrições em latim ou português arcaico, frequentemente abreviadas

Em função das limitações técnicas e da ausência de padronização oficial, a iconografia das Moedas Vicentinas variava amplamente, com exemplares portando marcas ou iniciais das autoridades locais, símbolos religiosos ou representações abstratas.

Essa diversidade iconográfica reflete tanto a influência das tradições monetárias europeias quanto a tentativa de adaptação às especificidades do Brasil colonial, criando um registro material único da economia e da cultura local no século XVI.



Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

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