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Ciclo de Produção e Circulação







Casas de moeda e processos de cunhagem

Durante o período colonial inicial, não existiam casas de moeda oficiais em funcionamento no Brasil. Por essa razão, a produção das Moedas Vicentinas ocorria de maneira artesanal, geralmente em oficinas improvisadas nas vilas ou engenhos da Capitania de São Vicente.

Essas oficinas utilizavam técnicas rudimentares, com cunhos gravados manualmente em ferro ou bronze, aplicados sobre discos metálicos aquecidos. A cunhagem era feita a martelo, o que resultava em moedas com acabamento irregular, variações de espessura e imperfeições nas bordas.

Em algumas situações, moedas estrangeiras ou fragmentos metálicos eram reaproveitados como base para a produção de novas peças, prática que visava contornar a escassez de metais e reduzir custos.

Áreas de circulação e comércio local

As Moedas Vicentinas circulavam principalmente nas vilas costeiras da Capitania de São Vicente e nas áreas de influência econômica próximas, incluindo os engenhos de açúcar, portos e povoados interiores.

Eram utilizadas para pequenas transações comerciais, pagamento de mercadorias locais, serviços e impostos. Embora sua circulação fosse inicialmente restrita à capitania, há registros de exemplares encontrados em regiões vizinhas, como as futuras capitanias de São Paulo e Rio de Janeiro, indicando a expansão gradual de seu uso.

Sua aceitação estava diretamente relacionada à necessidade prática e à escassez de numerário europeu na colônia, o que tornava essas moedas locais um recurso indispensável para o funcionamento da economia cotidiana.

Relação com outras moedas coloniais

As Moedas Vicentinas coexistiam com diversas outras moedas estrangeiras presentes no território colonial, como os reales espanhóis, patacas portuguesas e ducados holandeses. Essa convivência monetária gerava uma circulação heterogênea, com diferentes valores de câmbio e graus de aceitação.

Em geral, as moedas vicentinas tinham valor mais restrito e eram utilizadas para transações menores e pagamentos locais, enquanto as moedas estrangeiras de prata e ouro eram reservadas para grandes negócios, compra de escravos e exportações.

Apesar dessa hierarquia monetária, as moedas locais desempenhavam papel fundamental na sustentação do comércio interno e no cotidiano da população, criando uma dinâmica própria dentro do complexo sistema econômico colonial.



Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

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