Raridades e Colecionismo

Exemplares mais raros e suas histórias

Devido à produção artesanal, restrita e despadronizada das Moedas Vicentinas, poucos exemplares chegaram aos dias atuais. A maioria foi derretida, perdida ou absorvida pelo próprio comércio colonial e, posteriormente, pelo processo de centralização monetária.

Entre as raridades conhecidas, destacam-se:

• Moedas de cobre com marcas manuais de valor: identificadas por inscrições rudimentares, como "V" ou "SV" (São Vicente), que serviam para indicar procedência ou valor estimado.

• Peças cunhadas sobre moedas estrangeiras reaproveitadas: algumas moedas vicentinas foram produzidas aproveitando fragmentos ou discos de moedas espanholas e portuguesas, criando exemplares híbridos, de alto valor histórico.

• Exemplares com erros de cunhagem: falhas no alinhamento dos cunhos ou sobreposição de símbolos conferem raridade e interesse especial a certas peças encontradas.

Essas moedas são hoje objeto de intensa busca por colecionadores e estudiosos, sendo consideradas verdadeiras relíquias da história monetária colonial.

Presença em museus e coleções particulares

Devido à sua raridade extrema, poucas Moedas Vicentinas integram acervos públicos. As principais instituições que preservam exemplares ou fragmentos dessas moedas são:

• Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro): abriga algumas peças fragmentadas e registros documentais sobre a circulação vicentina.

• Museu Paulista (Museu do Ipiranga, São Paulo): possui referências iconográficas e numismáticas associadas às práticas monetárias da Capitania de São Vicente.

Além dos museus, destacam-se algumas coleções particulares brasileiras e estrangeiras, que, por motivos de segurança e preservação, mantêm sob reserva exemplares catalogados, alguns deles identificados em catálogos internacionais de numismática colonial ibérica.

A raridade e a importância histórica das moedas vicentinas conferem a elas posição de destaque entre os itens mais cobiçados por colecionadores especializados em moedas coloniais brasileiras, sendo peças que, quando surgem em leilões ou exposições, atraem ampla atenção da comunidade numismática.

Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani