A escala Sheldon é um sistema de classificação que avalia o estado de conservação de moedas, utilizando uma escala de 1 a 705. Desenvolvida por William Herbert Sheldon em 1949, essa escala foi inicialmente criada para classificar centavos americanos, mas sua utilização foi expandida para todos os tipos de moedas5. A American Numismatic Association (ANA) atualizou a escala em 1970, ajustando e adicionando novas graduações para melhor atender às necessidades de classificação5.
A escala Sheldon divide as moedas em diferentes níveis de conservação, desde Poor (P-1), que representa moedas muito desgastadas, até Mint State (MS-70), que indica moedas em perfeito estado de cunhagem2. Cada nível da escala possui características específicas que permitem uma avaliação mais precisa e objetiva da condição da moeda2.
: Moedas neste estado são extremamente desgastadas, com poucos detalhes visíveis2. A identificação da moeda pode ser difícil, e a legenda e outros detalhes são praticamente ilegíveis2.
: Um pouco melhor que P-1, moedas FR-2 ainda apresentam desgaste significativo, mas alguns detalhes principais podem ser identificados4.
: Moedas com alguma legibilidade, embora ainda bastante desgastadas2. As letras e números são visíveis, mas o relevo está bastante comprometido2.
: A moeda mostra sinais consideráveis de circulação, mas os principais elementos de design são visíveis, embora gastos2.
: Similar a G-4, mas com um pouco mais de detalhes visíveis4.
: Algum detalhe aparece, embora a moeda ainda mostre um desgaste considerável4.
: Mais detalhes são visíveis em comparação com VG-8, mas o desgaste ainda é evidente4.
: A moeda apresenta um desgaste moderado, mas os detalhes estão mais nítidos do que nos graus anteriores4.
: Semelhante a F-12, mas com ainda mais detalhes preservados4.
: A moeda mostra um desgaste leve a moderado, com detalhes razoavelmente nítidos4.
: Mais detalhes são visíveis em comparação com VF-20, com um desgaste ainda menor4.
: Quase todos os detalhes estão presentes, com apenas um leve desgaste nas áreas de maior relevo4.
: A moeda apresenta um desgaste mínimo e a maioria dos detalhes é nítida4.
: A moeda tem pouco ou nenhum sinal de desgaste no design4. Apenas os pontos mais altos do relevo podem mostrar sinais de uso4.
: Melhor do que XF-40, com ainda menos desgaste visível4.
: A moeda mostra apenas traços de circulação, com quase todos os detalhes originais preservados1.
: Quase sem sinais de desgaste, com apenas pequenos atritos visíveis1.
: A moeda tem apenas um leve desgaste nas áreas mais altas, com a maioria dos detalhes originais intactos1.
: Estas são moedas que nunca circularam e estão em condição de "flor de cunho"1.
: Pode ter várias marcas de contato ou imperfeições1.
: Apresenta algumas marcas de contato, mas com aparência geral agradável1.
: Moeda de alta qualidade com poucas imperfeições visíveis1.
: A moeda tem excelente apelo visual com apenas pequenas imperfeições1.
: A moeda é perfeita, sem quaisquer imperfeições visíveis a olho nu1.
Para ilustrar os graus de conservação, considere um exemplo prático com moedas brasileiras:
Uma moeda "Um Tanto Gasta (UTG)" corresponde aproximadamente a um P-1 na escala Sheldon, com desgaste extremo e detalhes quase ilegíveis2.
Uma moeda "Regular (R)" pode ser comparada a um G-4, onde os elementos principais são visíveis, mas com desgaste considerável2.
Uma moeda "Bem Conservada (BC)" se aproxima de um VF-20, com desgaste moderado e detalhes razoavelmente nítidos2.
Uma moeda "Muito Bem Conservada (MBC)" pode ser equiparada a um XF-40, com poucos sinais de desgaste2.
Uma moeda "Soberba (SOB)" corresponde a um AU-50, com apenas traços de circulação1.
Uma moeda "Flor de Cunho (FDC)" é equivalente a um MS-65 ou superior, sem sinais de circulação e em perfeito estado1.
Compreender esses graus de conservação é crucial para colecionadores e investidores, pois influencia diretamente o valor e a raridade de uma moeda.
Autor do blog: