A proteção do patrimônio histórico e cultural no Brasil é amparada por um conjunto de leis e dispositivos constitucionais que visam preservar bens de valor histórico, artístico, arqueológico e cultural. Entre esses bens, as moedas antigas, especialmente as moedas imperiais e outras peças numismáticas relevantes, são consideradas parte integrante do patrimônio cultural brasileiro e, portanto, protegidas por lei.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 216, define o patrimônio cultural brasileiro como as formas de expressão, modos de criar, fazer e viver, incluindo criações científicas, artísticas, tecnológicas, obras, objetos, documentos, edificações e conjuntos urbanos de valor histórico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico26. Este artigo amplia a concepção de patrimônio cultural, incluindo as moedas antigas como objetos de valor histórico e cultural.
Além da Constituição, o Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, é a principal norma que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Ele estabelece que o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país, cuja conservação seja de interesse público, está sujeito à tutela do Estado345. Este decreto-lei foi o marco inicial da normatização da preservação cultural no Brasil e inclui as moedas antigas como bens móveis protegidos.
A Lei nº 3.924, de 26 de julho de 1961, complementa essa proteção ao dispor sobre monumentos arqueológicos e pré-históricos, ampliando a abrangência da tutela para bens de natureza arqueológica, o que pode incluir moedas antigas encontradas em sítios arqueológicos14.
A Constituição Federal também prevê mecanismos para a proteção do patrimônio cultural, tais como inventários, registros, vigilância, tombamento, desapropriação e outras formas de preservação1. O tombamento é um instrumento fundamental para garantir que bens históricos, incluindo moedas, não sejam destruídos, alterados ou comercializados ilegalmente.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é o órgão responsável pela fiscalização, proteção e regulamentação do patrimônio cultural brasileiro, incluindo as moedas antigas24. Ele atua na definição de normas, no tombamento e na orientação sobre a conservação e o comércio legal desses bens.
As moedas antigas são testemunhos materiais da história econômica, política e cultural do Brasil. Sua conservação e proteção legal são essenciais para preservar a memória nacional e garantir que essas peças possam ser estudadas e apreciadas pelas gerações futuras.
A legislação brasileira busca equilibrar a proteção do patrimônio cultural com o direito à propriedade, estabelecendo regras claras para a posse, comercialização e circulação de moedas antigas, especialmente aquelas consideradas patrimônio histórico, como as moedas imperiais.
Autor do blog: