Para colecionadores de moedas, especialmente as históricas e imperiais, é fundamental seguir as normas legais para garantir a posse regular e evitar problemas jurídicos. Primeiramente, é imprescindível adquirir moedas de fontes confiáveis, como casas de numismática reconhecidas, leilões oficiais e vendedores certificados. Evite comprar moedas de procedência duvidosa ou sem documentação adequada, pois isso pode configurar posse ilegal.
Além disso, mantenha sempre um registro detalhado das aquisições, incluindo notas fiscais, contratos de compra e certificados de autenticidade. Esses documentos comprovam a origem lícita das moedas e são essenciais em eventuais fiscalizações ou processos legais.
Outro ponto importante é estar atento às regras de importação e exportação, caso deseje adquirir moedas do exterior ou vendê-las internacionalmente. Moedas de colecionador fora de circulação são tratadas como mercadorias e tributadas sobre seu valor de mercado, não sobre o valor facial, conforme orientação da Receita Federal1.
Manter um inventário atualizado das moedas da coleção é uma prática recomendada. Esse registro deve conter informações detalhadas sobre cada moeda, como origem, data de aquisição, estado de conservação e valor estimado. Documentos como notas fiscais e certificados emitidos por empresas certificadoras ou pela Casa da Moeda do Brasil reforçam a legalidade da posse.
Para moedas consideradas patrimônio histórico, como as imperiais, pode ser necessário registrar a coleção junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), conforme legislação vigente. Isso contribui para a transparência e proteção do acervo.
Em caso de venda ou transferência, a emissão de nota fiscal é obrigatória para comprovar a legalidade da transação e cumprir as obrigações fiscais. A Receita Federal fiscaliza essas operações para evitar o comércio ilegal de bens culturais1.
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