Processos de Fabricação de Moedas

A fabricação de moedas é um processo altamente técnico e industrializado, que envolve diversas etapas desde a escolha do material até a estampagem final. Cada fase é cuidadosamente controlada para garantir a qualidade, segurança e durabilidade das peças que circularão na economia ou farão parte de coleções numismáticas.

Neste capítulo, você conhecerá os principais passos do processo de fabricação de moedas de moedas , desde a produção dos flans (disco metálicos) até a inspeção final antes da distribuição.

4.1 Fundição e Laminação de Tarugos
O primeiro passo na fabricação de uma moeda é a produção do metal em formato adequado para o corte e conformação.

Etapas:
Fundição: O metal escolhido (cobre, níquel, zinco ou suas ligas) é fundido em fornos industriais, formando blocos chamados tarugos .
Laminação: Os tarugos são aquecidos e passam por cilindros de laminação, transformando-se em rolos de chapa metálica com espessura precisa.
Essas chapas são então cortadas em discos menores, conhecidos como flans , que serão a base física de cada moeda.

4.2 Perfuração e Conformação de Flans
Após a laminação, as chapas metálicas são alimentadas em máquinas de punção , onde são cortados os flans — os pequenos discos redondos que darão origem às moedas.

Características do flan:
Diâmetro exato conforme a denominação da moeda
Superfície lisa e uniforme
Peso padronizado para evitar discrepâncias
Depois do corte, os flans são submetidos a um processo chamado aplainamento , que corrige possíveis deformações causadas pelo corte e prepara a superfície para receber os detalhes da estampa.

4.3 Tratamento Superficial e Endurecimento
Para melhorar a resistência ao desgaste e aumentar a vida útil da moeda, os flans passam por tratamentos especiais:

Principais processos:
Tratamento térmico: Aquecimento controlado acompanhado de resfriamento, suportando a superfície rapidamente sem afetar o núcleo
Limpeza e polimento: Remoção de impurezas e oxidação superficial
Revestimento: Em alguns casos, os flans recebem revestimentos adicionais (como cobre ou níquel), especialmente em moedas bimetálicas ou coloridas
Esses passos ajudam a garantir que a moeda mantenha sua aparência e características técnicas por mais tempo em circulação.

4.4 Estampagem e Prensagem Final
A estampagem é o momento mais simbólico da fabricação: é quando os flans se transformam em moedas verdadeiras, com seus símbolos, textos e imagens gravadas.

Como funciona:
Cada flan é posicionado entre duas matrizes de aço resistido (também chamadas de “punções”)
A prensa hidráulica ou mecânica aplica pressão extrema (às vezes superior a 100 toneladas)
A imagem é concentrada com alta precisão para as duas faces da moeda
As matrizes são gravadas com detalhes extremos, muitas vezes com auxílio de tecnologia digital e lasers, garantindo nitidez e clareza nas representações gráficas e nos elementos de segurança.

4.5 Inspeção e Separação de Peças Defeituosas
Após a estampagem, todas as moedas passam por rigorosos controles de qualidade:

Etapas comuns:
Inspeção visual e eletrônica: Detecção automática de falhas de estampagem, rachaduras ou imperfeições
Pesagem e medição: Garantia de que peso e diâmetro estão dentro das tolerâncias ordinárias
Separação de peças defeituosas: As moedas reprovadas são recicladas ou reprocessadas
Esse controle garante que apenas as peças perfeitas cheguem ao público.

4.6 Embalagem e Distribuição
Finalmente, as moedas aprovadas são agrupadas em embalagens padronizadas, como:

Sachês plásticos – com 25, 50 ou 100 unidades, destinados a bancos e instituições financeiras
Centenas de moedas – usadas em logística e transporte
Caixas coletivas – com milhares de unidades, prontas para serem enviadas ao sistema bancário
Algumas moedas, especialmente as comemorativas, são embaladas individualmente com certificados e acabamento especial, destinadas ao mercado de colecionismo.

Este capítulo apresentou os principais passos do processo de fabricação de moedas , desde a pesca do metal até a estampagem final e embalagem. Cada etapa reflete avanços tecnológicos acumulados ao longo de séculos, combinando arte, engenharia e segurança.

Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani