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História dos Metais na Fabricação de Moedas







A utilização de metais na fabricação de moedas remanescentes aos primórdios da civilização e reflete a evolução econômica, tecnológica e cultural da humanidade. Desde as primeiras peças metálicas usadas como meio de troca até os avançados processos industriais modernos, o tipo de metal escolhido para cunhar moedas sempre esteve relacionado ao valor percebido, à disponibilidade, à durabilidade e às necessidades sociais e políticas do momento.

 

2.1 Metais Utilizados nas Primeiras Civilizações (Lídia, Grécia, Roma)

As primeiras moedas conhecidas surgiram por volta do século VII aC na Lídia , uma região localizada no que hoje é a Turquia. Essas moedas eram feitas de eletrum , uma liga natural composta por ouro e prata. Sua escolha deve ser resistente à corrosão , ao brilho característico e à facilidade de conformação .

 

Com o tempo, gregos, persas e romanos aperfeiçoaram a técnica de cunhagem e ampliaram o uso de metais puros:

  • Ouro: Reservado para moedas de alto valor
  • Prata: Amplamente utilizado em transações comerciais
  • Cobre: ​​Empregado em moedas de menor valor
  • Bronze e orichalcum: Ligas usadas em determinados períodos, especialmente em Roma
 

Essas civilizações também desenvolveram sistemas de pureza e controle de peso, criando padrões fundamentais para as negociações regionais e internacionais.

 

2.2 Evolução ao Longo da Idade Média e Moderna

Com o declínio do Império Romano, o sistema financeiro europeu entrou em crise. Durante boa parte da Idade Média , o comércio era baseado no escambo, e a produção de moedas tornou-se descentralizada e irregular.

 

No entanto, com o renascimento comercial entre os séculos XI e XV, houve uma retomada do uso de moedas metálicas. Cidades como Veneza, Florença e Londres passaram a emitir moedas com composição padronizada, utilizando principalmente prata e cobre .

 

No Brasil colonial , durante o período das capitanias hereditárias, circularam moedas trazidas de Portugal, muitas delas de cobre e prata , mas sem produção local até a fundação da Casa da Moeda do Brasil em 1694 .

 

2.3 Transição para Ligas Metálicas no Século XX

O século XX marcou uma virada importante na história da fabricação de moedas: com o aumento da demanda por dinheiro metálico e a necessidade de reduzir custos, os governos decidiram a substituir metais nobres por ligas mais acessíveis e resistentes .

 

Principais mudanças:

  • Substituição progressiva da prata por ligas de cobre-níquel e cuproníquel
  • Introdução do zinco e do alumínio-bronze em moedas de menor valor facial
  • Uso de aço revestido de cobre ou níquel , especialmente em países como o Brasil
 

Essas alterações foram motivadas por fatores como:

  • O alto custo do ouro e da prata
  • A dificuldade de manter estoques provenientes desses metais
  • A busca por materiais mais leves e seguros
  • A necessidade de evitar a retirada ilegal de metais valiosos
 

No Brasil, essa transição foi particularmente visível com a introdução da família Real em 1994 , quando o país desenvolveu novas ligas para cada denominação.

 

2.4 Tendências Atuais e Futuras

Nos últimos anos, a fabricação de moedas tem enfrentado novos desafios, como:

  • A crescente digitalização do dinheiro
  • A pressão por materiais sustentáveis
  • A necessidade de elementos de segurança integrados
 

Muitos países foram investidos em:

  • Moedas bimetálicas , com anéis e núcleos de diferentes ligas
  • Revestimentos coloridos ou texturizados , especialmente em moedas comemorativas
  • Materiais com propriedades magnéticas , para identificação automática em máquinas e caixas eletrônicas
  • Estudos sobre biometalurgia e reciclagem de metais estão evoluindo para maior sustentabilidade
 

Além disso, pesquisas em nanotecnologia aplicada à superfície das moedas prometem aumentar ainda mais a vida útil e a resistência ao desgaste e à falsificação.

 

Este capítulo apresentou uma visão geral da trajetória dos metais na fabricação de moedas, desde os tempos antigos até os dias atuais, mostrando como as escolhas de materiais refletem não apenas avanços técnicos, mas também contextos históricos e econômicos.



Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

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