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Coleções Particulares e Institucionais







10.1 Museus que abrigam acervos de moedas e cédulas nazistas

Vários museus ao redor do mundo possuem coleções dedicadas à história econômica e numismática do período nazista (1933–1945). Esses acervos são utilizados tanto para fins educativos quanto de pesquisa histórica, oferecendo ao público uma visão crítica e contextualizada sobre a produção monetária sob o regime.

 

Museus importantes com acervos numismáticos relacionados ao período:

  • Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos (Washington, EUA): Possui uma seleção de moedas e cédulas usadas em campos de concentração e guetos, com destaque para peças de uso obrigatório.
  • Deutsches Historisches Museum (Berlim, Alemanha): Exibe uma ampla gama de moedas e cédulas do Reichsmark, incluindo versões oficiais e falsificações da Operação Bernhard.
  • Imperial War Museum (Londres, Reino Unido): Tem um setor dedicado às consequências econômicas da guerra, incluindo notas falsificadas pelo regime nazista.
  • Yad Vashem (Jerusalém, Israel): Mantém registros de moedas e documentos financeiros relacionados às vítimas do Holocausto.
  • Bundesbank Museum (Frankfurt, Alemanha): Apresenta uma linha do tempo das moedas alemãs, incluindo as emissões do período nazista com explicações técnicas e históricas.
 

Essas instituições costumam apresentar peças com legendas explicativas, vídeos e painéis educativos, evitando qualquer tipo de glorificação ideológica.

 

10.2 Coleções privadas e restrições legais

Além dos museus, muitos colecionadores particulares mantêm peças numismáticas do período nazista em suas coleções. Esse interesse é motivado por fatores como raridade, valor histórico, estética ou curiosidade técnica.

 

No entanto, a posse de objectos associados ao regime nazista é regulamentada em diversos países, especialmente quando se trata de símbolos de carácter ideológico.

 

Países com restrições legais:

  • Alemanha: A venda e exposição pública de símbolos nazistas (como a suástica) são proibidas por lei, exceto para fins educativos ou científicos.
  • França: A exibição de símbolos fascistas ou neonazistas é considerada uma apologia ao crime e pode ser punida.
  • Áustria: Leis semelhantes à da Alemanha impedem o uso público de símbolos nazistas.
  • Canadá e Suíça: Regulamentam a comercialização de peças com referência a regimes totalitários.
  • Brasil: Não há proibição específica, mas o uso de símbolos nazistas em contextos públicos pode ser enquadrado como apologia ao racismo.
 

Os colecionadores devem estar atentos a essas leis e sempre manter registros de origem e eventualmente das peças, garantindo seu uso responsável.

 

10.3 Leilões internacionais com peças do período

Leilões especializados em numismática histórica são uma fonte importante de acesso a peças raras do período nazista. Casas renomadas como Stack's Bowers (EUA), Heritage Auctions (EUA), Künker (Alemanha) e Spink (Reino Unido) realizam regularmente eventos que incluem moedas e cédulas do período.

 

Exemplos de peças frequentemente vendidas:

  • Moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos de Berlim (1936)
  • Cédulas de alta denominação (100 e 1000 Reichsmarks)
  • Notas falsificadas durante a Operação Bernhard
  • Peças produzidas em campos de concentração ou áreas ocupadas
 

As casas de leilão geralmente desabilitam certificação por institutos especializados (como PCGS CoinFacts ou PMG ) para garantir a proteção e o estado de conservação das peças. Além disso, muitas restrições históricas foram incluídas, reforçando o aspecto educativo dessas transações.

 

10.4 Como expor ou estudar essas peças com responsabilidade

A exposição e o estudo de moedas e cédulas do período nazista exigem uma abordagem cuidadosa e consciente, evitando qualquer interpretação que sugira aprovação ou normalização do regime.

 

Diretrizes recomendadas:

  • Contextualizar historicamente: Sempre incluir informações sobre a origem, função e impacto das peças no contexto da Segunda Guerra Mundial.
  • Evitar glorificação visual: Evitar layouts que considerem destaque excessivo aos símbolos nazistas sem contraponto crítico.
  • Incluir perspectivas das vítimas: Mencionar como essas peças foram usadas em campos de concentração, guetos e territórios ocupados.
  • Promover a reflexão ética: discutir os limites entre preservação histórica e legitimação de ideologias extremistas.
  • Respeitar as normas legais locais: Garantir a conformidade com as legislações sobre o uso de símbolos proibidos.
 

Quando feito com responsabilidade, o estudo dessas peças contribui para o entendimento da história econômica, da propaganda ideológica e dos mecanismos de controle do regime nazista.



Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

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