A fundação do MIS de São José do Rio Preto não se restringiu apenas à reunião de equipamentos e documentos. Ela envolveu experiências pessoais, relações familiares, trocas com cineastas e educadores, e a dedicação contínua de Fernando Marques para transformar uma paixão em um patrimônio cultural acessível à comunidade.
Fernando Marques – Fundador e Curador
Relata que a inspiração veio do convívio com o pai, Nelson Marques Alves (Muca), fotógrafo e cinegrafista da cidade.
Destaca o desafio de conciliar sua carreira como jornalista e documentarista com a preservação do acervo, muitas vezes em espaços improvisados.
Ressalta a importância da memória viva, registrando depoimentos, histórias orais e curiosidades sobre os objetos e eventos históricos.
Familiares e Amigos Próximos
Membros da família contam como a casa de Fernando e o antigo estúdio serviram como laboratório de experiências audiovisuais, recebendo alunos, cineastas amadores e pesquisadores.
Recordam do envolvimento coletivo nas primeiras exposições e na digitalização de fotografias e filmes.
Colaboradores e Profissionais Locais
Cineastas, fotógrafos e professores de história lembram de projetos conjuntos de preservação e exibição de filmes.
Depoimentos destacam o cuidado com a catalogação, o respeito às origens de cada material e a busca por funcionamento completo de equipamentos antigos.
Mobilização Comunitária: A criação do MIS envolveu articulação com a comunidade local, doações de equipamentos e apoio informal de artistas e profissionais de audiovisual.
Espaços Improvisados: Antes da formalização, as coleções eram armazenadas em salas residenciais, estúdios e garagens adaptadas, com sistemas de preservação rudimentares, mas funcionais.
Curadoria Inovadora: Fernando Marques desenvolveu métodos próprios de classificação, digitalização e exposição, antecipando práticas museológicas que seriam implementadas formalmente em 2012.
Desafios e Obstáculos: Entre eles, a degradação de mídias antigas, a falta de recursos financeiros e a necessidade de conciliar agendas de filmagens e pesquisas com a manutenção do acervo.
O trabalho nos bastidores criou uma rede de colaboração cultural em São José do Rio Preto, envolvendo estudantes, pesquisadores e profissionais do audiovisual.
Estabeleceu o modelo de preservação participativa, onde cada doação ou contribuição comunitária tem valor simbólico e histórico.
Contribuiu para a formação de uma memória coletiva, permitindo que gerações futuras tenham acesso à história cultural e tecnológica da região noroeste paulista.
Nilton Romani