A composição traz a releitura tridimensional dos elementos que integram o Brasão da Guarda Real de Polícia que, criada nos idos de 1809, viria a se tornar a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Ilustra o conceito de “braço forte e mão amiga” através do cumprimento entre um policial e um cidadão comum, como ideal de uma polícia militar moderna. Ao fundo a arte estiliza a silhueta do Pão-de-Açúcar, utilizando um dos principais cartões postais do Rio para receber o colorido típico de nossas favelas, esta composição é uma alusão à convivência estreita entre os mais pobres e os mais ricos, como característica ímpar do urbanismo da cidade maravilhosa, que deseja se consolidar em harmonia.
A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro foi instituída oficialmente no dia 13 de maio de 1809 como Divisão Militar da Guarda Real da Polícia da Corte. Em 2019, completou 210 anos de existência. O dia 13 de maio foi escolhido por coincidir com a data de aniversário de Dom João VI, que chegara ao nosso país no um ano antes, em 1808, à frente da comitiva da Família Real portuguesa. A história da Corporação, identificada ao longo de todos esses anos com denominações diferentes, confunde-se com a história do Brasil, justamente a partir do momento em que o país começava a ganhar contornos de Nação.
A Polícia Militar esteve presente, sempre como protagonista, nos momentos mais importantes da nossa História – a começar pelo papel fundamental que desempenhou para tornar o Brasil um país independente 14 anos depois da chegada da Família Real e, mais tarde, na consolidação da Proclamação da República. Assim como toda a sociedade brasileira, a Polícia Militar passou, e ainda passa, por frequentes transformações culturais e tecnológicas. Hoje, organizada institucionalmente como Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, a Corporação está diante de uma sociedade mais complexa, que impõe à tropa missões extremamente desafiadoras.
Lotados em batalhões operacionais e especiais ou em unidades de apoio, os policiais militares enfrentam facções criminosas fortemente armadas e estão presentes nas ruas, fazendo o policiamento preventivo e ostensivo ou prestando atendimento direto à população - transporte de doentes, orientação de pessoas em dificuldades, intervenção em disputas domésticas e outras ocorrências de rotina. Estão também presentes nas áreas turísticas, nos estádios esportivos, nos grandes eventos e nas festas populares. E reprimem os crimes ambientais em defesa da flora, da fauna e de todos os recursos naturais necessários para preservar a vida das atuais e das futuras gerações.
No ano em que completou 210 anos de fundação, a Polícia Militar do Rio de Janeiro contava com um efetivo de 45 mil policiais, homens e mulheres comprometidos em cumprir a missão de servir e proteger a sociedade.
Luiz Carlos Cascon
Assessor da Coordenadoria de Comunicação Social da SEPM