Nome Original: Museu de Numismática Bernardo Ramos
Tipo: Museu
Localização: Manaus - Amazonas, Brasil
Email: museudonumismatico@am.gov.br
Site: https://museudonumismatico.am.gov.br/
O Museu de Numismática do Amazonas, também denominado Museu de Numismática Bernardo Ramos, originou-se a partir da coleção particular de Bernardo d'Azevedo da Silva Ramos, comerciante, pesquisador e cientista amazonense autodidata, no final do século XIX. Em 1898, Bernardo adquiriu a coleção de Cícero Peregrino Dias, composta por moedas, medalhas, cédulas e documentos históricos de diversos países, enriquecendo significativamente seu acervo. Em 6 de outubro de 1899, o Governo do Amazonas autorizou a aquisição dessa coleção por meio da Lei n° 296, efetivada em 1900. A criação oficial do museu ocorreu em 30 de novembro de 1900, inicialmente instalado na Imprensa Oficial e regulamentado por decreto subsequente. A coleção foi exibida no Rio de Janeiro de 5 a 31 de maio de 1900, durante as comemorações dos 400 anos do Descobrimento do Brasil. A inauguração oficial das instalações ocorreu em 26 de maio de 1901, consolidando sua relevância histórica e cultural e estabelecendo-o como referência para estudos sobre a história econômica e social da região.
O acervo do Museu de Numismática do Amazonas conta com mais de 35 mil peças, abrangendo moedas desde a Grécia e Etrúria do século VII a.C., bizantinas, espanholas, orientais, moedas de porcelana do antigo Sião, medalhas da França, Vaticano e Japão, cédulas, condecorações, selos, cartões-postais, fichas telefônicas, quadros, máquinas registradoras, máquinas de somar, fotografias, documentos históricos e uma biblioteca especializada com aproximadamente 12 mil volumes. As coleções encontram-se organizadas por continentes e períodos históricos, permitindo um percurso desde a Antiguidade até a contemporaneidade, destacando usos, costumes, soberanias, política, economia e aspectos do cotidiano de diversas sociedades. Destacam-se peças raras como moedas maometanas, egípcias, sírias, persas, da Numídia (século a.C.), indianas do século III, americanas do século XVII, moedas de ouro do século XVIII, brasileiras e espanholas do século XIX, bem como barras de ouro de 22 e 23 quilates, datadas de 1816 e 1830, fundidas na antiga Província de Minas Gerais.
A preservação do acervo é conduzida por equipe especializada, composta por curadores e conservadores, utilizando técnicas modernas de conservação e manutenção, adaptadas ao longo do tempo para superar desafios, como as condições precárias dos prédios iniciais (relatadas em 1903). O museu dispõe de reserva técnica no Centro Cultural Palacete Provincial, garantindo a integridade das peças raras e de elevado valor. São implementados protocolos de segurança, inventário contínuo, políticas de restauração de peças danificadas e mudanças de localização para conservação, ocorridas em 1939, 1990 e 2009. A gestão da instituição mantém autonomia administrativa sob a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, respeitando normas de preservação, promovendo transparência e integrando-se a outros museus no Palacete Provincial.
O museu desenvolve atividades educativas voltadas à difusão da história numismática e do patrimônio cultural regional. Destacam-se visitas guiadas, oficinas de fotografia para crianças e adolescentes, exposições temporárias e permanentes — incluindo "Os Réis da Paris dos Trópicos" (2023), que abordou a Belle Époque de Manaus por meio de fotografias de moedas e cédulas —, projetos de pesquisa, seminários, rodas de conversa e parcerias com instituições acadêmicas. Realiza também ações de educação patrimonial destinadas a escolas, grupos de pesquisa e eventos nacionais, como o Encontro Nacional da Sociedade Numismática Amazonense (2025), promovendo o conhecimento sobre a preservação do acervo numismático e sua relação com a história regional e mundial.
O museu foi fundado sob a liderança de Bernardo d'Azevedo da Silva Ramos (1859-1936), cuja coleção originou a instituição. O primeiro diretor foi Carlos Dias Fernandes, nomeado em 26 de maio de 1901. Ao longo do tempo, diversos gestores e curadores da área de museologia e história passaram pelo cargo, incluindo Ephigênio de Salles, responsável pela criação da Diretoria de Estatística, Museu e Numismática em 1928, inaugurada em 1º de janeiro de 1929, consolidando ações de expansão e conservação do acervo. Entre os gestores notáveis, destaca-se Dênio Mota, gerente atual desde 2023, reconhecido por sua dedicação à preservação, difusão do patrimônio numismático amazonense e organização de eventos educativos e expositivos.
O Museu de Numismática do Amazonas é reconhecido nacional e internacionalmente por sua relevância histórica, figurando como o quarto maior museu de numismática do mundo em 1932 e, atualmente, entre os maiores da América Latina em valor e importância histórica. Recebeu menções em publicações especializadas, como o livro "Manaus, entre o passado e o presente" de Durango Duarte, e destaca-se em eventos culturais e acadêmicos, bem como em pesquisas científicas sobre história econômica e social. Sua coleção é considerada patrimônio cultural de elevado valor, fortalecendo a identidade cultural do Amazonas e do Brasil, servindo como referência para pesquisadores, estudantes e turistas, e promovendo exposições que resgatam períodos históricos, como a Belle Époque amazonense.
O Museu de Numismática do Amazonas não possui registros públicos específicos de premiações formais concedidas diretamente à instituição. Contudo, sua relevância histórica e cultural é amplamente reconhecida nacional e internacionalmente, tendo sido classificado como o quarto maior museu de numismática do mundo em 1932, conforme publicação da época. Destaca-se como um dos maiores museus de numismática da América Latina em valor e importância histórica, com menções em obras como 'Manaus, entre o passado e o presente' de Durango Duarte, além de referências em eventos culturais, científicos e acadêmicos promovidos pela Sociedade Numismática Amazonense e pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas.
O Museu de Numismática do Amazonas recebe apoio principal do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, que é o principal os patrocinador institucional desde sua criação, incluindo a aquisição inicial da coleção em 1899-1900 por meio da Lei n° 296 e Decreto n° 402, com um crédito de trezentos conto de réis, além de aquisições posteriores como uma coleção de moedas de ouro em 1997 e cédulas flor de estampa mais recentemente. Eventos promovidos pela Sociedade Numismática Amazonense, como o Encontro Nacional de Colecionadores (ESNA 2025) e encontros mensais, são realizados com suporte do governo estadual via Secretaria de Cultura e Economia Criativa, evidenciando esse vínculo de patrocínio público. Na reabertura em 1990, houve apoio da Superintendência Cultural do Amazonas, com colaboração da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), do antigo Banco do Estado do Amazonas (BEA) e do Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas (CEDPHA). A Sociedade Numismática Amazonense, fundada em 2017 como entidade sem fins lucrativos mantida por seus associados, e a Sociedade Numismática Brasileira (SNB) estão envolvidas em eventos, mas sem indícios de financiamento direto ao museu. Não há registros exibidos de patrocinadores privados específicos ou doadores individuais com destaque público, sendo o funcionamento e as iniciativas do museu fortemente embasados em recursos e apoio governamental, além do engajamento de colecionadores e da própria Sociedade Numismática Amazonense que atrai por meio de projetos e encontros culturais em prol da instituição e sua comunidade.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_de_Arte_da_Bahia; https://revistas.uneb.br/index.php/nhipe/article/download/10538/7449/29359; https://guiademuseus.com.br/museu-de-arte-da-bahia; https://www.bahianoiteedia.com.br/museu-de-arte-da-bahia-guarda-uma-valiosa-colecao
Data de Cadastro: 2025-09-26 11:52:42
Possui Tour Virtual: Não