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Museu do Estado de Pernambuco

Nome Original: Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)

Tipo: Museu

Localização: Recife - Pernambuco, Brasil

Email: museudoestado@cultura.pe.gov.br

Site: https://cultura.pe.gov.br/museudoestado/

História e Papel Cultural

O Museu do Estado de Pernambuco (MEPE) foi criado em 24 de agosto de 1928, por meio de lei estadual (Ato 240), como Museu Histórico e de Arte Antiga, inicialmente subordinado à Inspetoria Estadual de Monumentos Nacionais, e inaugurado em 7 de setembro de 1930 no Palácio da Justiça, em Recife. Após extinção em 1933 e transferência do acervo para a Biblioteca Pública do Estado, foi recriado em 10 de maio de 1940 por decreto estadual, estabelecendo-se no palacete do século XIX localizado no bairro das Graças, antiga residência do Dr. Augusto Frederico de Oliveira, filho do Barão de Beberibe. Reformas ocorreram no início do século XX (adição de segundo pavimento), em 1951 (pavilhão anexo), em 1998 (espaços de exposição nos porões) e entre 2003 e 2006 (reabertura após reformulações). O imóvel, tombado pelo IPHAN e pela FUNDARPE, ocupa 9.043 m² com jardins e esculturas. O MEPE desempenha papel fundamental na preservação e difusão da cultura, história, arte, antropologia e etnografia do estado de Pernambuco, atuando como equipamento cultural de relevância regional com impacto social e educativo, promovendo a valorização do patrimônio cultural em contextos históricos e contemporâneos por meio de exposições, pesquisa e educação patrimonial, e consolidando-se como referência na conexão entre passado e presente.

Acervo Numismático

O acervo do Museu do Estado de Pernambuco é amplo e eclético, com aproximadamente 12 a 15 mil itens que abrangem história, arte, antropologia e etnografia, incluindo peças de arte decorativa pernambucana e brasileira desde o século VII até o século XXI. Embora o núcleo específico de numismática não seja foco principal, as coleções contêm objetos associados à história econômica regional, complementando seu perfil histórico. Destacam-se obras de artistas pernambucanos como Telles Júnior, Cícero Dias, Francisco Brennand e Burle Max, além de documentos históricos, retratos imperiais, móveis, tapetes, objetos de uso cotidiano, arte sacra, cultura indígena, presença holandesa, cultura afro-brasileira, ex-votos, iconografia, porcelana, cristais e pinturas de Frans Post. Incorporações importantes incluem doações de José Ferreira Baltar (1929, pinturas e objetos indígenas), Liceu de Artes e Ofícios (1930, 127 itens de mobília e porcelana), Carlos Estevão de Oliveira (década de 1940, mais de 3 mil peças antropológicas e etnológicas), Coleção Brás Ribeiro (1950, cerca de 1.800 peças de porcelana e mobiliário), general Paulo Figueiredo (1952, 28 peças pré-colombianas andinas) e Coleção Lívio Xavier (1984, 250 ex-votos). O Centro de Documentação do Espaço Cícero Dias abriga biblioteca com 4.000 volumes, incluindo obras raras.

Preservação e Gestão

A gestão do acervo no MEPE segue rigorosos procedimentos técnicos de conservação preventiva, catalogação e restauração, garantindo a integridade dos bens culturais. O museu funciona em palacete histórico do século XIX, cuja preservação arquitetônica integra o compromisso institucional, com imóvel tombado pelo IPHAN e pela FUNDARPE. A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) administra o espaço, assegurando manutenção e atualização dos processos museológicos, com equipe especializada em museologia, conservação e curadoria, responsável por projetos de pesquisa e documentação do acervo, além de reformas periódicas para ampliação e preservação dos espaços.

Educação e Projetos

O Museu do Estado de Pernambuco mantém intensa programação educativa, incluindo exposições temporárias e permanentes, visitas guiadas mediadas para escolas, cursos, oficinas e atividades culturais para diversos públicos. Destacam-se ações que valorizam manifestações culturais pernambucanas, como o Carnaval de Pernambuco, apresentado na Exposição 'EVOÉ – É Carnaval em Pernambuco', com acervos do MEPE e do Museu de Arte Contemporânea de Olinda (MAC), incluindo pinturas de Lula Cardoso Ayres, José Cláudio, Bajado, Marisa Lacerda e Maurício Arraes. O MEPE promove formação de público e desenvolvimento do conhecimento histórico e artístico em parceria com instituições educacionais e culturais, funcionando como polo de pesquisa e educação patrimonial, com casa dedicada a cursos e oficinas de arte, e o Palacete Estácio Coimbra como espaço interativo para compreensão da vida em casarões pernambucanos do século XIX por meio de textos, fotografias e mobiliário de época em sete núcleos conceituais.

Gestões e Gestores

O museu foi criado e é mantido pelo governo estadual, com gestão operacional coordenada pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE). Ao longo de sua história, teve diversos dirigentes especialistas em museologia e exposição artística, responsáveis pela curadoria e administração do acervo e das atividades culturais. Detalhes específicos sobre diretores ou curadores com dados precisos são limitados, mas a gestão atual inclui Rinaldo Carvalho como Chefe de Unidade, coordenando operações e projetos institucionais.

Reconhecimento e Impacto

O Museu do Estado de Pernambuco é um dos mais tradicionais e relevantes do Nordeste, reconhecido por sua contribuição à preservação do patrimônio cultural e histórico do estado, com mais de 95 anos de existência em 2025. Constitui equipamento cultural essencial para fortalecimento da identidade pernambucana, atuando como referência em exposições históricas e artísticas. Seu impacto estende-se à formação de público e divulgação do conhecimento sobre a história e cultura locais, promovendo debate e reflexão sobre manifestações culturais regionais, consolidando-se como um dos mais importantes equipamentos culturais do Brasil, servindo como ponto de encontro entre passado e presente.

Patrocinadores e Doadores

O Museu do Estado de Pernambuco é mantido pelo Governo do Estado de Pernambuco, por intermédio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE). Embora não haja registro de doações ou patrocínios privados de destaque contínuo, o museu recebe apoio institucional para atividades culturais e educacionais, garantindo sustentabilidade de suas ações por meio de políticas públicas e parcerias. Doações históricas incluem as de José Ferreira Baltar (1929), Liceu de Artes e Ofícios de Pernambuco (1930), Carlos Estevão de Oliveira (década de 1940), Coleção Brás Ribeiro (1950), general Paulo Figueiredo (1952) e Coleção Lívio Xavier (1984). Recentemente, a Sociedade Pernambucana dos Amigos do Museu (Sampe), entidade civil sem fins lucrativos, atua como parceira fundamental, com certificados de agradecimento a contribuintes entregues em 2025.

Fontes e Referências

https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_do_Estado_de_Pernambuco; https://pe.unit.br/blog/noticias/conheca-o-museu-do-estado-de-pernambuco/; https://artequeacontece.com.br/guia/recife/museu-do-estado-de-pernambuco/; https://www.museusdepernambuco360.com.br/museu-doestado-depernambuco/; https://visite.museus.gov.br/instituicoes/museu-do-estado-de-pernambuco-mepe/


Data de Cadastro: 2025-09-26 11:52:42

Possui Tour Virtual: Não