Nome Original: Museu Eugênio Teixeira Leal
Tipo: Museu
Localização: Salvador - Bahia, Brasil
Email: contato@eugenioteleiraleal.ba.gov.br
Site: https://museueugenioteleiraleal.ba.gov.br/
O Museu Eugênio Teixeira Leal foi proposto em 1959 pelo Dr. Eugênio Teixeira Leal, então diretor do Banco Econômico da Bahia S.A., por ocasião dos 125 anos de criação do banco, com temática em numismática, surgindo inicialmente como Museu Numismático do Banco Econômico da Bahia, instalado na primeira sede própria do banco, na Praça da Inglaterra, nº 02, 1º andar, no bairro do Comércio. Após o falecimento de Dr. Eugênio em 1974, passou a se chamar Museu Numismático Eugênio Teixeira Leal. Por ocasião do sesquicentenário do Banco, foi inaugurado em 11 de dezembro de 1984 no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, como Museu Eugênio Teixeira Leal, com cerca de 5.000 peças transferidas no início da década de 1980 da sede original para compor o novo espaço. Desde maio de 1995, está instalado em três imóveis interligados e contíguos, com reinauguração que ampliou espaços para administração, equipe, visitantes, Biblioteca, Arquivo Histórico e Cineteatro. A exposição de longa duração é dividida em quatro tópicos: Condecorações e Medalhas Nacionais e Estrangeiras; História de um Banco; História do Dinheiro; e Econômica do Brasil. O Setor de Comunicação e Marketing foi criado em 2021. O museu representa um importante centro cultural dedicado à preservação da memória socioeconômica da Bahia, atuando como uma casa de cultura contemporânea e ativa, contribuindo para a preservação, difusão e apropriação do patrimônio cultural por meio de ações museológicas, servindo como referencial para o exercício da cidadania. Sua missão é preservar e difundir o patrimônio cultural, com visão de aprimorar profissionalmente estudantes universitários via estágios supervisionados em atividades administrativas, bibliotecárias e museológicas, promovendo disseminação do conhecimento, aprendizado e intercâmbio acadêmico interdisciplinar. Valores incluem empreendedorismo, gestão do conhecimento, respeito à diversidade, responsabilidade social e resultados, promovendo democratização cultural por meio de editais públicos anuais (4 editais, com 4 períodos expositivos de 25 dias cada), priorizando artistas emergentes, formandos em Belas Artes e Museologia, além de programações socioeducativas e culturais como palestras, exibições de filmes, cursos, seminários, conferências, reuniões, encontros e espetáculos no Cineteatro.
O acervo do Museu Eugênio Teixeira Leal conta com 9.488 peças em coleção aberta, com registro bipartido (algarismo romano para coleção e arábico para ordem da peça), incluindo moedas, cédulas e moedas estrangeiras, condecorações, medalhas nacionais e estrangeiras, medalhas militares, distintivos, mobiliário, pinturas, placas, selos e troféus, abrangendo diversos materiais, países e períodos da história, com valor inestimável devido às curiosidades, contexto histórico e preciosidades que possuem. O núcleo inicial originou-se do desmembramento das coleções do Museu Numismático original, com cerca de 5.000 peças transferidas no início da década de 1980, restando no museu original apenas o acervo de cédulas e moedas. O acervo é exposto por temáticas como História do Dinheiro e Econômica do Brasil, com destaque para peças raras do Império Romano, Bizantino e Idade Média, além de medalhas e outras peças que retratam eventos e locais da história da cidade de Salvador. Complementam o acervo um arquivo histórico com 22 metros lineares de documentos, incluindo coleções de Innocêncio Calmon, Miguel Calmon Sobrinho, Prof. José Calasans, Dr. Paulo Maciel, Governador Francisco Marques de Góes Calmon, documentos avulsos da família Calmon e dirigentes da instituição financeira; uma biblioteca com mais de 34.154 títulos em temáticas como Artes, Cultural, Direito, História Social-Econômica e Financeira da Bahia, Museologia e Numismática, estimando-se 20.000 publicações, incluindo livros, periódicos, audiovisual e obras raras como catálogo de medalhas de Julius Meili, Viscondessa de Cavalcanti, Coleção Documentos da Independência com cartas a D. João VI, documento da Abertura dos Portos de 1808, Coleção José Calasans Brandão da Silva e Coleção de Dr. Innocêncio Marques de Góes Calmon sobre História do Direito no Brasil; além de espaços como o Cineteatro Francisco Marques de Góes Calmon com capacidade para 110 pessoas, a Galeria Francisco de Sá para exposições diversificadas e oficinas, e a Galeria Prof. José Calasans para exposições temporárias temáticas do acervo em Reserva Técnica, retratando datas comemorativas históricas do Brasil.
A preservação do acervo segue rigorosos protocolos museológicos de conservação preventiva, catalogação e manutenção do patrimônio, com técnicas específicas para suportar o clima e preservar os objetos, gerida pelo Laboratório de Conservação Frank Sá para higienização, conservação e restauração do acervo bibliográfico e museológico, pelo Setor de Museografia para manutenção de acervo exposto, conservação preventiva, verificação de iluminação e higienização de vitrines, e pelo Setor de Documentação e Pesquisa para políticas preservacionistas, organização de dados do acervo para segurança e acesso a pesquisadores. O museu está instalado em um sobrado do século XIX e três imóveis interligados, exigindo esforços constantes de conservação arquitetônica e estrutural. O Arquivo Histórico preserva memória institucional sobre história sociocultural, econômica e financeira da Bahia, com 22 metros lineares de documentos. A instituição é administrada pela Fundação BTG Miguel Calmon, responsável pela gestão e manutenção do museu, com supervisão técnica e apoio da Secretaria de Cultura da Bahia, coordenando serviços técnicos e administrativos, gerenciando recursos para ações socioeducativas e culturais conforme Estatuto Social, com contratos terceirizados para serviços não vinculados. O corpo funcional inclui Direção, 5 Chefes de Setores, 2 Assistentes Administrativos, 1 Auxiliar de Biblioteca, 8 Estagiários, 4 Agentes de Segurança, 2 Agentes de Higienização, 1 Assistente de Biblioteca, 1 Estagiário de Biblioteconomia e 1 Bibliotecária.
O Museu Eugênio Teixeira Leal desenvolve atividades educativas e culturais, incluindo exposições temporárias e permanentes como 'Outro dia no paraíso?' em parceria com estudantes do curso de museologia da UFBA (2017), ciclos de palestras, oficinas como Transformando Resíduos em Oportunidades, eventos como Dia Internacional da Mulher no Eugênio, Semana de Museus, Arte no Eugênio, Educação Financeira, AEIOUtubro, Primavera dos Museus, Ação Social, FLIPELÔ, Dia da Consciência Negra no Eugênio e O Natal em Você, além de visitas mediadas espontâneas e agendadas, Programa Museu Escola (PME) e Moral da História. O Setor Educativo cria, planeja e realiza atividades anuais com calendário regular e pontual, atualizado em outubro para diversificar ofertas, promovendo a difusão do conhecimento sobre numismática e história socioeconômica da Bahia, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes de sua história e identidade cultural. A Biblioteca oferece serviços como consulta local, levantamento bibliográfico, auxílio e orientação à pesquisa bibliográfica e digital, treinamento de usuário, acesso à internet/inclusão digital, visitas orientadas e disponibilização de títulos para cópias (respeitando leis de direitos autorais), funcionando de segunda a sexta, das 9h às 18h, no 2º andar. O museu mantém parcerias com universidades como a UFBA, ONGs, instituições públicas e privadas para expandir seu alcance educativo, incluindo ações no Cineteatro e galerias.
O museu foi concebido inicialmente por Eugênio Teixeira Leal (1889-1974), que atuou no Banco Econômico da Bahia por 50 anos e foi o idealizador da coleção numismática e do início do museu em 1959. Desde a inauguração em 1984, o museu teve seus gestores ligados à Fundação BTG Miguel Calmon (anteriormente Fundação Econômica Miguel Calmon), incluindo Euler Oliva, museólogo e curador de exposições como a homenagem aos 468 anos de Salvador em 2017. Atualmente, está sob a direção executiva da Dra. Eliene Dourado Bina, museóloga e doutora em estudos de patrimônio com especialização em museologia, que coordena a gestão com curadores e técnicos dedicados à manutenção e expansão do acervo e à promoção das atividades culturais e educacionais da instituição.
Reconhecido como uma referência na numismática baiana e nacional, o Museu Eugênio Teixeira Leal completou 40 anos em 2024, recebendo uma moção de aplausos aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), apresentada pelo deputado Euclides Fernandes (PT), em homenagem à sua trajetória de quatro décadas de contribuição inestimável para a cultura baiana e brasileira, incentivando a continuidade de sua missão de promover a cidadania por meio da cultura, com o tributo encaminhado à diretora executiva Eliene Dourado Bina. É destacado por sua atuação como centro cultural vital para a preservação da memória econômica e social do estado, sendo ponto de referência para pesquisadores, estudantes e público geral, localizado no Pelourinho, símbolo da história e resistência do povo baiano, promovendo o diálogo entre o passado e o presente, inspirando gerações a valorizar a diversidade e riqueza cultural da sociedade por meio de ações museológicas inovadoras, exposições temáticas e programas educativos. O museu participa de redes culturais e museológicas, contribuindo para a preservação do patrimônio histórico e educacional do estado da Bahia, transcendendo a função expositiva e fortalecendo o senso de pertencimento das comunidades atendidas.
O Museu Eugênio Teixeira Leal não possui registros públicos específicos de premiações formais concedidas diretamente à instituição. Contudo, sua relevância histórica e cultural é reconhecida por meio de homenagens como a moção de aplausos da Assembleia Legislativa da Bahia em 2024 pelos 40 anos de fundação, e atua como sede para eventos premiados, incluindo a entrega do Prêmio Ginga Capoeira Literária em 2024, o Concurso de Redação da Codesal em 2023 e o Troféu Castro Alves em 2023, reforçando seu papel como espaço cultural de destaque na Bahia.
O Museu Eugênio Teixeira Leal é mantido principalmente pela Fundação BTG Miguel Calmon, com apoio do Fundo de Cultura do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), estruturado em linhas como Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos, Eventos Culturais Calendarizados, Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais, servindo como modelo de referência para outros estados da federação. Mantém parcerias com instituições acadêmicas como a UFBA, ONGs e organizações culturais locais e federais para exposições e projetos culturais. O acervo inicial originou-se das coleções do Banco Econômico da Bahia, complementado por doações e aquisições ao longo dos anos.
https://www.museueugenioteixeiraleal.org/sobre-o-museu ; https://pelourinhodiaenoite.salvador.ba.gov.br/museu-eugenio-teixeira-leal/ ; https://www.bahiaja.com.br/cultura/noticia/2022/02/08/museu-eugenio-teixeira-leal-salvador-como-nasceu-o-dinheiro-no-mundo ; https://visite.museus.gov.br/instituicoes/museu-eugenio-teixeira-leal-2/ ; https://redeglobo.globo.com/redebahia/mosaicobaiano/noticia/conheca-o-museu-eugenio-teixeira-leal.ghtml
Data de Cadastro: 2025-09-26 11:52:42
Possui Tour Virtual: Não