Nome Original: Museu Júlio de Castilhos
Tipo: Museu
Localização: Porto Alegre - Rio Grande do Sul, Brasil
Email: museujuliodecastilhos@gmail.com
Site: https://cultura.rs.gov.br/museu-julio-de-castilhos/
O Museu Júlio de Castilhos foi idealizado por Júlio Prates de Castilhos e criado pelo decreto-lei nº 589, de 30 de janeiro de 1903, pelo presidente do Estado do Rio Grande do Sul, Antônio Augusto Borges de Medeiros. Inicialmente denominado Museu do Estado, passou a chamar-se Museu Júlio de Castilhos em 1907, em homenagem ao fundador falecido em 24 de outubro de 1903. É o museu mais antigo do Rio Grande do Sul, instalado em edifício histórico construído em 1887 e tombado pelo IPHAE em 1983. Projetado pelo engenheiro alemão Theo Wiederspahn, o prédio localizado na Rua Duque de Caxias, nº 1205, em Porto Alegre, é um marco da arquitetura eclética. A instituição é referência nacional na preservação da memória histórica, política e cultural do Rio Grande do Sul, com destaque para temas relacionados ao positivismo, à Revolução Farroupilha e à República Rio-Grandense.
O acervo numismático do museu compreende cerca de 2.000 itens, incluindo moedas provinciais riograndenses (1835–1852), cédulas da República Rio-Grandense, moedas farroupilhas cunhadas em Caçapava do Sul e Piratini, além de medalhas comemorativas e condecorações. Destacam-se exemplares raros, como a moeda de prata de 960 réis de 1842 e peças originais da Casa da Moeda farroupilha. O acervo total da instituição ultrapassa 20.000 objetos históricos, artísticos e etnográficos, devidamente catalogados no Sistema de Museus Brasileiros (IBRAM) e disponíveis para pesquisa mediante agendamento.
A preservação do acervo e do edifício histórico segue as normas técnicas do IPHAN e do IBRAM, com plano de conservação preventiva revisado anualmente. O prédio passou por restaurações estruturais e de fachada em 1998, 2012 e 2023, abrangendo o telhado, as instalações elétricas e o sistema de climatização. As reservas técnicas mantêm controle ambiental com temperatura entre 18°C e 22°C e umidade relativa entre 45% e 55%. A catalogação é realizada por meio do software Museus (IBRAM). A gestão é exercida pela Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac-RS), por intermédio do Instituto Estadual de Artes Visuais e Museus, com equipe técnica composta por 25 profissionais. O Plano Museológico 2020–2030 estabelece diretrizes para aquisição, descarte e digitalização do acervo.
O museu desenvolve ampla programação educativa, com visitas mediadas voltadas a escolas e universidades, oficinas de conservação documental, palestras sobre história gaúcha, workshops de numismática e cursos de extensão realizados em parceria com a UFRGS e a PUC-RS. Entre os principais projetos destacam-se 'Museu Vai à Escola' e 'Memória em Movimento', que levam atividades itinerantes ao interior do estado. O museu participa ativamente da Semana de Museus, realizada em maio, e da Noite dos Museus, promovendo ações de inclusão cultural. O programa 'Educação Patrimonial', iniciado em 2015, atende aproximadamente 15.000 estudantes por ano, conforme relatórios da Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul.
De 1903 a 1920, o museu esteve vinculado ao Arquivo Público do Estado. Entre 1920 e 1947, foi dirigido por José de Vasconcelos, primeiro diretor efetivo. De 1947 a 1968, a direção ficou sob responsabilidade de Dante de Laytano, autor do primeiro catálogo geral. Seguiram-se as gestões de Maria Elizabeth Lucas (1968–1985), Zita Possamai (1985–2002), Lúcia Maria Teixeira (2003–2010) e Cláudio Cavalcanti (2011–2018). Desde 2019, a direção é exercida por Débora Duprat de Britto, vinculada à Sedac-RS. As coordenações atuais são: Acervo – Ana Paula Teixeira (museóloga); Educação – Mariana Silveira (historiadora); Conservação – Carla Lima (restauradora).
Reconhecido como o principal museu histórico do Rio Grande do Sul, o Museu Júlio de Castilhos é referência em estudos sobre o positivismo, a Revolução Farroupilha e a formação política do estado. Integra a Rede de Museus do Rio Grande do Sul e o Cadastro Nacional de Museus (IBRAM). Antes da pandemia, registrava média de 80.000 visitantes anuais, além de ter formado mais de 200 museólogos por meio de programas de estágio e produzido mais de 50 artigos científicos. A instituição foi agraciada com o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade (IPHAN, 2018), consolidando seu reconhecimento nacional.
Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade (IPHAN, 2018 – Preservação de Acervos); Menção Honrosa no Prêmio Ibermuseus de Educação (2021 – 'Memória em Movimento'); Prêmio Açorianos de Patrimônio Cultural (Prefeitura de Porto Alegre, 2015 – restauração do edifício).
O museu é mantido pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul por meio da Secretaria da Cultura (Sedac-RS) e conta com doações de colecionadores, como o acervo numismático de Armando Ruschel (1956), além de colaborações da UFRGS, da PUC-RS e do IPHAE. Diversos projetos culturais são realizados com patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC-RS), contando com o apoio de instituições como Banrisul, Gerdau e RBS. Desde 2010, o Programa Amigos do Museu reúne doadores e apoiadores para aquisição de peças e execução de obras de restauração.
https://www.ccmbr.com.br/panteao_cedulas_moedas/museu_read.php?id=412
Data de Cadastro: 2025-09-26 11:52:42
Possui Tour Virtual: Não