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Museu Tiradentes

Nome Original: Museu Tiradentes

Tipo: Museu

Localização: Manaus - Amazonas, Brasil

História e Papel Cultural

O Museu Tiradentes, que homenageia Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, patrono das polícias militares no Brasil, foi organizado e inaugurado em 24 de abril de 1984, por iniciativa do então Comandante Geral da Polícia Militar do Amazonas, Coronel Elcio Motta, sob orientação técnica da Fundação Joaquim Nabuco. Sua primeira sede foi um salão no andar térreo do Comando Geral da PMAM, na Praça Heliodoro Balbi, em Manaus, prédio histórico que funcionou como quartel por mais de 100 anos e abrigou governos provinciais e militares. Após desativação no início do século XXI, o museu foi reinstalado em seu antigo local, agora denominado Palacete Provincial, em março de 2009, após restauro do edifício entre 2005 e 2009. O museu retrata a história da Polícia Militar do Amazonas, desde suas origens na Guarda Policial de 1835, evoluindo para a denominação atual, até os tempos contemporâneos, incluindo participação na Guerra de Canudos (1896-1897) e eventos como a Ditadura Militar a partir de 1964. Instalado no Palacete Provincial, tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas, o museu tem como missão preservar e disponibilizar à sociedade a memória institucional da corporação, destacando seu papel no contexto social, de segurança pública e cultural do estado, funcionando como transmissor de conhecimentos e valores históricos.

Acervo Numismático

O acervo do Museu Tiradentes, embora não especializado em numismática, inclui medalhas e condecorações históricas relacionadas à Polícia Militar do Amazonas, além de dezenas de objetos como armas antigas de fogo e espadas, equipamentos do Corpo de Bombeiros, uniformes, distintivos, documentos, livros raros, fotografias, mobiliário de época em madeira de jacarandá no estilo manuelino e chinoiserie, réplicas de armaduras do século XVI (pesando cerca de 20 kg), uma armadura original da França Medieval do século XV adquirida no governo de Eduardo Ribeiro, uma estátua de um soldado do exército regular francês, telas de F. Machado pintadas em 1908, e a bandeira do Brasil bordada a ouro e prata por senhoras do Pará, presenteada à tropa amazonense em Belém após a Guerra de Canudos, apresentando manchas de sangue e marcas de projéteis. O acervo, reunido desde a década de 1930, é exibido na exposição permanente "Flagrantes da História", com vídeos de eventos festivos e sons de armas, e inclui um arquivo integrado com cadernos de registros individuais dos membros da corporação.

Preservação e Gestão

A preservação do acervo é realizada com rigor técnico, respeitando protocolos de conservação de artefatos históricos, documentos, mobiliário de época e itens restaurados como obituários pelo ateliê do Palacete, com o ambiente mantido desde 1907. A gestão do museu é vinculada à Polícia Militar do Amazonas, com suporte e coordenação da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC), que administra o Palacete Provincial, restaurado periodicamente — incluindo entre 2005 e 2009 — para manter sua integridade arquitetônica neoclássica e fornecer um ambiente adequado para exposição e visitação gratuita. Regras de preservação incluem proibição de toque no acervo, uso de flash em fotos e ingestão de alimentos, com horários de segunda a sábado (exceto quartas e feriados), das 9h às 17h.

Educação e Projetos

O museu promove exposições permanentes e temporárias, como "Flagrantes da História", que revelam fatos históricos da Polícia Militar do Amazonas, incluindo a participação na Guerra de Canudos e no Corpo de Bombeiros em eventos locais. Desenvolve programas educativos para escolas, visitantes, pesquisadores e estudantes, com visitas guiadas incentivando o conhecimento sobre a história da segurança pública, a valorização do patrimônio cultural regional e a identidade militar, incluindo vídeos e áudios interativos. Além disso, mantém um arquivo de registros individuais dos membros da corporação, funcionando como centro de memória e pesquisa para particulares, e atraiu mais de 4.500 visitantes entre janeiro e abril de 2024, contribuindo para a educação histórica.

Gestões e Gestores

O museu foi idealizado e inaugurado em 1984 sob a liderança do Coronel Elcio Motta, então Comandante Geral da Polícia Militar do Amazonas, com orientação técnica da Fundação Joaquim Nabuco. Desde sua criação, a gestão passou por diferentes comandantes e equipes técnicas da PMAM que mantêm o acervo e promovem atividades culturais e educativas. A gestão atual está vinculada à Polícia Militar do Amazonas, com coordenação da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC), garantindo a preservação do patrimônio, a acessibilidade ao público e eventos especiais da corporação.

Reconhecimento e Impacto

Reconhecido como marco na preservação da memória institucional da Polícia Militar do Amazonas, o Museu Tiradentes celebra 40 anos em 2024 e atrai visitantes, pesquisadores e estudantes interessados na história militar, policial e regional, com mais de 4.500 visitas entre janeiro e abril de 2024 e contribuindo para as cerca de 145 mil visitas anuais ao Palacete Provincial. Tornou-se uma referência cultural no Amazonas, fortalecendo a identidade institucional e promovendo o conhecimento histórico-social da corporação, do estado e de eventos como a Inconfidência Mineira e a Guerra de Canudos, por meio de itens únicos e acervo diversificado que assegura impacto educativo e cultural, integrando o conjunto de cinco museus no Palacete Provincial.

Patrocinadores e Doadores

O Museu Tiradentes é mantido principalmente pela Polícia Militar do Amazonas e pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC), que cuidam da administração, preservação, restauro e divulgação do espaço, incluindo a orientação técnica inicial da Fundação Joaquim Nabuco em 1984. Não há registros amplamente divulgados de patrocinadores privados específicos ou doadores individuais; o funcionamento do museu depende de recursos públicos estaduais e do investimento em projetos culturais apoiados por órgãos governamentais, como a SEC e a PMAM.

Fontes e Referências

https://www.ccmbr.com.br/panteao_cedulas_moedas/museu_read.php?id=419


Data de Cadastro: 2025-09-26 11:52:42

Possui Tour Virtual: Não