Ao longo deste manual, revisitamos as principais instituições responsáveis pelo controle, fundição e cunhagem de metais preciosos e moeda circulante no Brasil colonial e imperial. As Casas da Moeda, Casas de Fundição, Oficinas de Fundição e Casas de Cunhagem não eram apenas estruturas operacionais, mas verdadeiros instrumentos de poder fiscal, político e econômico.
Cada uma cumpriu um papel fundamental na regulação da riqueza extraída das terras brasileiras, especialmente no contexto do Ciclo do Ouro e Ciclo do Diamante, além de garantir a presença da Coroa Portuguesa sobre os recursos minerais de suas colônias.
Enquanto as Casas de Fundição asseguravam o recolhimento do quinto e a legalidade do ouro fundido, as Casas de Cunhagem e Casas da Moeda transformavam essa matéria-prima em moeda, organizando o sistema monetário vigente. Já as Oficinas de Fundição, embora menos documentadas, prestavam serviços estratégicos de fundição em situações específicas.
A história dessas instituições vai além de suas funções operacionais. Elas representam a maneira como o Estado colonial impunha sua presença e poder sobre territórios distantes, disciplinava o uso das riquezas naturais e regulava a circulação monetária para manter a ordem econômica.
Hoje, os vestígios físicos e documentais dessas casas são parte importante do patrimônio histórico nacional. Conhecer suas histórias é preservar a memória de um Brasil minerador, fiscalizado e moldado pela riqueza de suas terras e pela astúcia de suas instituições.
No âmbito do Sistema CCMBR, a reinterpretação desses conceitos não é apenas homenagem, mas também referência para a construção de um modelo alternativo de gestão numismática, que reconhece o valor histórico e econômico desses antigos estabelecimentos para a cultura brasileira.
Comentário
Imagem | Capitulos | Modulos
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![]() | Introdução |
![]() | Casas da Moeda |
![]() | Casas de Fundição |
![]() | Oficinas de Fundição |
![]() | Casas de Cunhagem |
![]() | Comparação Entre Casas da Moeda, Casas de Fundição, Oficinas de Fundição e Casas de Cunhagem |
![]() | Conclusão e Reflexão 30/11/-0001 |