Aplicar os conceitos aprendidos ao longo do curso na prática, simulando a criação de uma moeda social e o planejamento de um banco comunitário. Os alunos desenvolverão, em grupos, um projeto de banco comunitário e definirão as regras de circulação e lastro de sua moeda social, apresentando soluções para os desafios identificados nas aulas anteriores.
Planejamento de uma Moeda Social
Passo 1: Definir o Objetivo da Moeda Social
O primeiro passo é definir qual é o objetivo principal da moeda social. Ela será usada para fortalecer a economia local, incentivar o consumo de produtos da comunidade, ou como meio de pagamento de serviços específicos?
Perguntas a serem feitas:
Qual a finalidade da moeda?
Quais os bens e serviços que a moeda irá apoiar?
Qual é a comunidade-alvo da moeda?
Passo 2: Determinar o Lastro da Moeda
O lastro é o valor que garante a moeda social. Ele pode ser constituído por bens tangíveis ou intangíveis, como produtos locais, horas de trabalho ou serviços da própria comunidade.
Exemplo de lastros:
Produtos locais: hortifrúti, artesanato, etc.
Serviços: consultas, transporte, serviços domésticos, etc.
Perguntas a serem feitas:
Qual será o lastro da moeda?
Como garantir a confiança da comunidade no lastro escolhido?
Passo 3: Definir as Regras de Circulação
A moeda social precisa ter regras claras de circulação e utilização dentro da comunidade. Essas regras garantem que a moeda não seja acumulada por poucos e incentive o consumo e circulação contínua.
Definição de regras:
A moeda terá prazo de validade? Se sim, quanto tempo?
Quais os limites para o acúmulo da moeda?
A moeda será convertida de volta para a moeda nacional em algum momento?
Perguntas a serem feitas:
Como estimular a circulação constante da moeda?
Quais medidas evitarão que a moeda seja estagnada ou acumulada?
Planejamento de um Banco Comunitário
Passo 1: Definir a Estrutura do Banco Comunitário
Um banco comunitário precisa ter uma estrutura mínima para funcionar. Isso inclui uma equipe de gestão, uma forma de arrecadar fundos (seja por meio de doações, contribuições comunitárias ou parcerias), e um sistema para fornecer crédito a membros da comunidade.
Perguntas a serem feitas:
Como será estruturada a gestão do banco? Quem tomará as decisões?
Quais serviços financeiros o banco oferecerá?
Como o banco se sustentará financeiramente?
Passo 2: Definir o Modelo de Governança e Participação Comunitária
A gestão do banco comunitário deve ser participativa, envolvendo a comunidade em todas as decisões relevantes. Isso garante que o banco atenda às necessidades reais das pessoas e fortaleça a confiança.
Exemplo de modelo de governança:
Conselho Gestor composto por membros da comunidade.
Reuniões periódicas para prestar contas e tomar decisões coletivas.
Perguntas a serem feitas:
Como garantir a participação ativa da comunidade na gestão?
Como organizar o processo de tomada de decisão e prestação de contas?
Passo 3: Definir Parcerias e Fontes de Financiamento
O banco comunitário pode precisar de parcerias com outras entidades, como organizações governamentais, ONGs ou empresas, para garantir recursos financeiros e apoio logístico.
Perguntas a serem feitas:
Quais são as possíveis fontes de financiamento para o banco?
Que parcerias podem ser estabelecidas para garantir a sustentabilidade do banco?
Simulação Prática de Criação de Moeda Social e Banco Comunitário
Atividade em Grupos:
Os alunos serão divididos em grupos e terão a tarefa de criar um plano para um banco comunitário, incluindo:
Criação de uma moeda social.
Definição do lastro e das regras de circulação da moeda.
Planejamento da estrutura do banco, incluindo governança e serviços financeiros.
Identificação de fontes de financiamento e possíveis parcerias.
Passo 1: Criar a Moeda Social
Nome da moeda.
Determinação do lastro.
Regras de circulação (prazo de validade, limites, etc.).
Passo 2: Criar o Banco Comunitário
Definição da estrutura de gestão e governança.
Quais serviços financeiros serão oferecidos (empréstimos, microcrédito, etc.)?
Como o banco será financiado e sustentado?
Apresentação dos Projetos
Cada grupo apresentará seu plano para a turma, explicando:
A moeda social criada e suas regras.
A estrutura e funcionamento do banco comunitário.
As soluções para os principais desafios que podem surgir.
Discussão em Grupo:
Quais foram os maiores desafios no planejamento do banco e da moeda?
Como os alunos lidaram com os desafios e quais soluções encontraram?
Como as práticas de governança participativa podem ser implementadas na realidade?
A simulação de planejamento de um banco comunitário e de uma moeda social permite que os alunos apliquem os conceitos discutidos ao longo do curso. Eles também ganham experiência prática sobre como as iniciativas de economia solidária funcionam e como enfrentam desafios reais. Com essa atividade, os alunos devem ser capazes de compreender melhor as complexidades do planejamento e execução de projetos de economia solidária.
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